A Geografia Inclusiva propõe uma abordagem do espaço geográfico que reconhece a diversidade humana em suas múltiplas dimensões — física, sensorial, étnico-racial, de gênero, cultural, econômica, entre outras. Essa perspectiva desafia as visões hegemônicas que tratam o espaço como homogêneo e neutro, ignorando desigualdades e exclusões estruturais. Nas últimas décadas, as discussões sobre acessibilidade urbana, direito à cidade, representatividade territorial e justiça socioespacial tornaram-se centrais nos debates da Geografia crítica e nos movimentos sociais. O conceito de Direito à Cidade, formulado por Henri Lefebvre, destaca que o espaço urbano deve ser usufruído por todos, independentemente de suas condições sociais, físicas ou econômicas, defendendo a ideia de uma cidade democrática e inclusiva. Portanto, pensar uma Geografia que integre os Direitos Humanos significa considerar os sujeitos historicamente marginalizados como agentes produtores do espaço e respeitar suas territorialidades, memórias e identidades. I. A Geografia Inclusiva compreende que o espaço é neutro e deve ser analisado sem considerar questões sociais ou culturais, para garantir a objetividade científica. II. O Direito à Cidade pressupõe a participação ativa dos cidadãos na construção dos espaços urbanos e o acesso equitativo aos serviços públicos e infraestrutura. III. As territorialidades de populações marginalizadas, como quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e comunidades periféricas, devem ser reconhecidas como legítimas na produção do espaço geográfico. IV. A perspectiva inclusiva da Geografia colabora com a promoção dos Direitos Humanos ao considerar a diversidade de sujeitos e suas relações com o território. Considerando o contexto apresentado, é correto APENAS o que se afirma em: Alternativas: • a) I e III. • b) II e IV. • c) I, II e III. • d) I, II e IV. • e) I, II, III e IV.