Não podemos falar em obrigação tributária se não houver o fato gerador do tributo. O fato gerador difere-se da hipótese de incidência, pois a hipótese de incidência reflete apenas a obrigação legal, e o fato gerador é a realização dessa situação no plano concreto. Um exemplo disso é o imposto de renda: o art. 153, Ill, da CF/88, estabelece que a união tem competência para instituir impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza; essa previsão especificada pela CF/88 é apenas uma hipótese de incidência meramente dis-criminada, enquanto o fato gerador é a realização dessa hipótese no plano concreto. Digamos, portanto, que "Fulano" auferiu renda no período de um ano; o fato de haver uma previsão constitucional permitindo à União cobrar determinado imposto dos indivíduos que auferiram renda em um período. i) tudo o que precisamos saber a respeito de obrigação tributária está previsto no Código Fiscal; nele, são discriminadas as duas espécies de obrigações: as obrigações principais e as obrigações acessórias. Para entender essa primeira espécie de obrigação, é necessário saber que tal obrigação principal é composta por tudo que for tributo ou penalidade. 1) sempre que falamos em pagamento de tributos, tratamos de obrigação principal. Essa é uma diferenciação muito importante se entendermos que a obrigação principal se dá no pagamento do tributo; desse modo é mais fácil diferenciá-los das obrigações acessórías. Se pudéssemos apresentar uma semelhança com o direito civil, a obrigação principal seria equivalente à obrigação de dar, uma vez que ela está muito ligada ao aspecto de patrimonialidade, ou seja, ao pagamento. Portanto, lembre-se; obrigação principal equivale ao pagamento do tributo. A obrigação acessória, por sua vez, é composta de tudo o que for diverso do pagamento, conforme dita o CTN. Lei n. 5.172/1966; iii) a obrigação acessória visa facilitar a arrecadação do tributo e sua fiscalização. Por isso, se as compararmos à luz do direito civil, à obrigação acessória se assemelharia a obrigação de fazer