Essa situação envolve a análise de práticas comerciais e a proteção do consumidor, conforme as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC) no Brasil. Os fundamentos jurídicos que poderiam justificar a responsabilização da operadora de telefonia móvel incluem: 1. Publicidade Enganosa: Se a promessa de "internet ilimitada com alta velocidade" não foi cumprida, isso pode ser considerado publicidade enganosa, conforme o artigo 37 do CDC. 2. Expectativa Legítima: Os consumidores têm o direito de confiar nas informações fornecidas pela empresa. A redução da velocidade após um certo volume de dados pode ser vista como uma quebra dessa expectativa, o que é protegido pelo artigo 6º, inciso III, do CDC. 3. Cláusulas Abusivas: Se a limitação da velocidade estava em uma cláusula acessória que não foi claramente informada, isso pode ser considerado abusivo, conforme o artigo 51 do CDC, que proíbe cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada. 4. Transparência e Informação: O artigo 6º, inciso III, do CDC também garante o direito à informação clara e adequada sobre os produtos e serviços. A falta de clareza sobre a limitação da velocidade pode ser um ponto a ser explorado. Esses fundamentos podem ser utilizados para argumentar a favor da responsabilização da empresa em uma ação coletiva.