As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios do século XXI, transcendendo as fronteiras ambientais e impactando profundamente as esferas sociais, econômicas e de governança. O aumento das temperaturas globais, eventos climáticos extremos e a alteração dos ecossistemas geram consequências multifacetadas que exigem uma reavaliação das práticas corporativas e sociais. No âmbito dos negócios, a pressão por sustentabilidade ambiental, qualidade de vida e felicidade dos colaboradores e comunidades tem levado à adoção de princípios ESG (Environmental, Social, and Governance), que orientam a descarbonização das operações, a implementação da economia circular e a busca por certificações que atestem o compromisso com o desenvolvimento sustentável. Contudo, os impactos não são distribuídos de forma equitativa. O racismo ambiental expõe populações vulnerabilizadas a riscos desproporcionais, exacerbando desigualdades sociais e afetando a saúde mental e o bem-estar. A construção de cidades inteligentes, por exemplo, deve integrar soluções inovadoras que não apenas mitiguem os efeitos climáticos e promovam a descarbonização, mas também garantam inclusão e equidade, evitando a marginalização