Atualmente existe um movimento da doutrina e da jurisprudência que busca a equiparação dos efeitos da decisão do controle difuso às do controle concentrado, ou seja, o efeito da decisão que declara a inconstitucionalidade de determinada norma pelo Supremo no exame de um Recurso Extraordinário não ficaria restrita somente ao caso em concreto analisado, reforçando a ideia de que o Supremo Tribunal Federal não pode acumular funções de um Tribunal Constitucional e ao mesmo tempo julgar causas cujos efeitos de sua decisão somente repercutirão entre as partes envolvidas, uma vez que a função precípua desse Tribunal é justamente a de guarda da Constituição. Esse entendimento, segundo o Ministro Gilmar Mendes, “marca uma evolução no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, que passa a equiparar, ainda que de forma tímida, os efeitos das decisões proferidas nos processos de controle abstrato e concreto”.
A abstrativização do controle difuso de constitucionalidade é a busca de uma maior objetivização do recurso extraordinário, visto que para tomar decisão em ação que envolva questão constitucional é necessário que o julgador faça um juízo sobre a validade de uma determinada norma que tem por característica a generalidade, não possuindo assim, por natureza, a destinação de regular casos concretos específicos, mas sim aplicar um comando abstrato para um número indefinido de situações.
É importante ressaltar que tanto no controle concentrado quanto no controle difuso de constitucionalidade, apenas o Plenário do Supremo Tribunal Federal tem competência para proferir decisão que declara a inconstitucionalidade de norma inserida no texto constitucional.
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Direito Constitucional I
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