Interpretação analógica ou ´intra legem´ é a que se verifica quando a lei contém em seu bojo uma fórmula casuística seguida de uma fórmula genérica. É necessária para possibilitar a aplicação da lei aos inúmeros e imprevisíveis casos que as situações práticas podem apresentar.
Exemplo: Art. 121, §2°, I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.
Paga e promessa de recompensa são motivos torpes, que não excluem outros.
Já a analogia, não se trata de interpretação da lei penal. De fato, sequer há lei a ser interpretada. Cuida-se, portanto, de integração ou colmatação do ordenamento jurídico. A lei pode ter lacunas, mas não o ordenamento jurídico. Também conhecida como integração analógica ou suplemento analógico, é a aplicação, ao caso não previsto em lei, de lei reguladora de caso semelhante. No Direito Penal, somente pode ser utilizada em relação às leis penais não incriminadoras, em respeito ao princípio da reserva legal.
Fonte: Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1 / Cleber Masson. – 9.ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. pag. 165-166.
A analogia é aplicação de uma lei semelhante a um caso para o qual não foi prevista nenhuma norma. No direito penal é proibido a analogia in malan partem podendo ser utilizada a analogia in bonam partem. A interpretação analógica acontece quando o legislador menciona que outras hipóteses semelhantes também poderão ser consideradas para a aplicação daquela norma. Ex.: Art. 121 §2º, I, do Código Penal dispõe:
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
Na parte final em negrito há uma hipótese de interpretação analógica, pois, não só paga e promessa de recompensa pode ser considerada motivo torpe e sim qualquer outra hipótese que causar repugnância na sociedade e constituir o crime em questão.
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