A constituição estabelece no artigo 24 que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário. A competência concorrente dos três entes federativos (União, Estados e Distrito Federal) não afasta a competência dos Municípios para legislarem sobre o tema. Há que se ressaltar que os Municípios não legislam concorrentemente, mas sim supletivamente. Desta feita, todos possuem competência tributária.
Caso a intenção da pergunta tenha sido indagar a diferença entre competência tributária e capacidade tributária, explicaremos a seguir.
Segundo Irapuã Beltrão, "competência é o poder de legislar, de criar o tributo. A competência tributária é indelegável. O que é delegável são as funções de arrecadar, fiscalizar e executar."
"Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição."
No que diz respeito aos impostos, estes são divididos entre Federais, Estaduais e Municipais.
Entre os impostos Federais, há o Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza (IR), Imposto sobre produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas à títulos ou valores mobiliários (IOF), e Imposto territorial rural (ITR).
Entre os Estaduais, há o Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e comunicação (ICMS), o Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), e Imposto sobre transmissões causa mortis e doações de qualquer bem ou direito (ITCMD).
Entre os municipais, há o Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), Imposto sobre a transmissão de bens inter vivos de bens e imóveis e de direitos reais a eles relativos (ITBI), e Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS).
Há ainda o Imposto sobre grandes fortunas que, apesar de previsto na Constituição de 1988, ainda não fora criado.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar