II - A teoria do jurídica de Hans Kelsen
Como observa Garcia Amado, os escritos de Kelsen seguiram uma evolução muito grande, tamanha a extensão de sua obra, bem como a extensão temporal que abrangeu (quase três séculos). Podemos apontar então, ainda segundo mesmo crítico e amparado na divisão de Paulson, que a obra de Kelsen possui quatro momentos: 1) construtivista (até 1920); 2) neokantiana forte (até 1930); 3) neokantiana débil ou empirista (até 1960) e; 4) voluntarista (depois de 1960).
Pode-se, para fins de sistematização dividir-se o pensamento kelseniano em estruturas fundamentais, embora o pensamento como um todo tenha inter-relações de coordenação e dependência. Os pontos desenvolvidos posteriormente neste capítulo visam apresentar uma idéia geral do pensamento do autor ao mesmo tempo que servem para o embasamento da proposta deste trabalho de uma forma específica, ou seja, o foco no ordenamento internacional e a compreensão das Relações Internacionais aplicada à uma análise fático-histórica das Estruturas Interestatais e Supranacionais num âmbito privilegiadamente jurídico.
Paralelamente, Kelsen distingue duas possibilidades de organização de sistema de normas: relacionando-as a partir de seus conteúdos ou a partir das regras de competência e as demais reguladoras da sua produção. No primeiro caso dá-se origem a um sistema estático, e no segundo a um sistema dinâmico. Os temas abordados pela teoria estática do direito são, nesse contexto, a sanção, o ilícito, o dever, a responsabilidade, direitos subjetivos, capacidade, pessoa jurídica etc; os compreendidos na teoria dinâmica do direito são a validade, a unidade lógica da ordem jurídica, o fundamento último do direito, as lacunas, etc
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Introdução à Filosofia e Filosofia do Direito
•CEULM/ULBRA
Introdução ao Direito I
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Filosofia do Direito, Teoria Geral do Direito
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