No plano da validade, a norma deve emanar de uma autoridade superior e obedecer a um processo legislativo legítimo e regular. Validade se refere ao processo através do qual a norma se integra a um sistema normativo, passando a pertencer a um ordenamento jurídico. Só poderá ser reputada válida a norma jurídica que se encontrar inserida no contexto de um ordenamento jurídico, positivando-se.
Já o plano da vigência liga-se ao campo da norma enquanto instância de validade técnico-formal, que ocorre com a sua publicação e entrada em vigor, quando suas disposições passam a ser passíveis de exigência.
"Viger é ter força para disciplinar, para reger, cumprindo a norma seus objetivos finais. A vigência é propriedade das regras jurídicas que estão prontas para propagar efeitos, tão logo aconteçam, no mundo fático, os eventos que elas descrevem. Há normas que existem e que, por conseguinte, são válidas no sistema, mas não dispõem dessa aptidão. A despeito de ocorrerem os fatos previstos em sua hipótese, não se desencadeiam as conseqüências estipuladas no mandamento. Dizemos que tais regras não têm vigor, seja porque já o perderam, seja porque ainda não o adquiriram."
Eficácia é a capacidade de atingir o objetivo proposto, produzir efeito, cumprir, executar, operar, levar a cabo; é o poder de causar determinado efeito. Eficaz é o que realiza perfeitamente determinada tarefa ou função, que produz o resultado pretendido.
Segundo a classificação das normas constitucionais de José Afonso da Silva, existem 3 tipos de normas constitucionais quanto à eficácia:
"Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas".
Exemplo: "Art. 5º, XIII. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer".
Veja que nesse caso a norma produz efeitos desde logo, podendo, porém, ser regulamentada, de forma que tenha sua eficácia restringida.
Exemplo: "Art. 18. § 2º. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar".
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