Alguns criticam o fato do poder reformador ser limitado, uma vez que ele emana do povo, assim como o poder constituinte, logo, seria como impor para as gerações futuras, uma decisão tomada numa geração anterior, fato esse que não é verdade, uma vez que as gerações posteriores ainda tem o direito de manifestar e romper a qualquer momento que se sentir insatisfeita com o que foi proposto pela geração anterior, logo o argumento não seria válido.
Pensando sobre a segurança jurídica das instituições e do próprio texto magno, essa ferramenta de reforma limitada a manifestações e rupturas, não geram mais insegurança para o sistema? Quer dizer, não seria melhor um poder reformador ilimitado, assim manteríamos a rigidez de alteração do texto magno, aliado a uma maior segurança de continuação da paz social?
Um poder reformardor ilimitado iria desproteger o que já foi conquistado, pois a reforma pode existir, desde que seja para acrescentar e fazer melhorias... Por exemplo esse da prisão perpétua, já foi melhorado, quando a CF-88 nos garante :
Art. XLVII - não haverá penas: (...) b) de caráter perpétuo;
Assim como não pode haver pena de morte, exceto em caso de guerra declarada.
Se fosse ilimidado, os direitos adquiridos poderiam sofrer diminuições e até mesmo serem abolidos.
A limitação é justamente para nos proteger de desmandos e autoritarismos.
Desculpa colega, você pode ser mais claro? 3 linha: que fato não é verdade?... não entendi como um sistema sem limites para reforma pode privilegiar a segurança jurídica. Você quer saber se não seria melhor abrir mão da rigidez constitucional em favor da dinâmica social do que termos limites constitucionais ao Poder Constituído Reformador?
Exatamente,
Desculpe caro(a) colega, quando eu citei "fato", fiz uma alusão a passagem "seria como impor para as gerações futuras, uma decisão tomada numa geração anterior", a primeira passagem é um resumo retirado de (MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Consitucional. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 140, 2012).
Essa dúvida surgiu por que, imagina a necessidade de mudar uma cláusula pétrea, algo que tem bastante comoção social hoje é "prisão pérpetua", seria necessário romper com o sistema atual e instaurar um novo poder constituinte..
Partindo do ponto de vista que o poder reformador é limitado, visando maior proteção ao texto constitucional, e segundo o autor, o povo poderia a qualquer momento romper com a ordem anterior ao seu tempo, afim de mudar aquilo que não pode ser mudado, pergunto: Não seria mais inteligente o poder reformador ser também ilimitado? Uma vez que ele também emana do povo e poderia atender aos interesses sociais, sem necessitar de uma ruptura abrupta com o antigo sistema, se fosse preciso mudar uma cláusula pétrea, por exemplo?
Espero ter sido claro.
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