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Qual o fundamento teórico do controle judicial de constitucionalidade das leis no Brasil?

💡 2 Respostas

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DLRV Advogados

O controle de constitucionalidade existe para que haja segurança jurídica no ordenamento. As normas infraconstitucionais não podem ser contraditórias em relação a norma hierarquicamente superior. Caso seja, deverá ser retirada do ordenamento jurídico.

A rigidez constitucional é uma conditio sine qua non para a existência do controle de constitucionalidade. Não há de se falar em controle em relação a Constituições flexíveis, modificáveis pelo processo legislativo ordinário. Isto ocorre porque nas Constituições flexíveis o legislador comum tem sempre a prerrogativa do legislador constituinte. Assim, não existe o que proteger por via do controle, ao menos em relação ao conteúdo das normas constitucionais.

A superioridade da Constituição decorre tanto do reconhecimento de possuir ela um valor normativo hierarquicamente superior (superlegalidade material) às demais normas, que faz daquela um parâmetro obrigatório para estas, quanto da idéia de ser a Constituição uma norma primária da produção jurídica, decorrendo daí a necessidade da sua rigidez (superlegalidade formal).

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André Ricardo Riher

O Brasil adotou as duas modalidades de controle de constitucionalidade das leis, a saber: o controle difuso e o controle concentrado.

O controle difuso inaugurou-se no Brasil com a Constituição de 1891, graças ao esforço intelectual do advogado e jurista Rui Barbosa com seus ideais referentes aos direitos e garantias fundamentais.

Segundo vários constitucionalistas, o controle difuso de constitucionalidade instalou-se de forma efetiva no Brasil com a Lei Federal n° 221 de 20 de novembro de 1894, que concedeu competência aos juízes e tribunais para apreciarem a validade das leis e regulamentos, podendo deixar de aplicá-los aos casos concretos, caso fossem manifestamente inconstitucional.

O controle concentrado de constitucionalidade surgiu no Brasil por meio da Emenda Constitucional nº 16/65, instituída na Constituição de 1946, que deu plenos poderes ao Supremo Tribunal Federal para processar e julgar originariamente a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual (art. 102, I, “a”, CF).

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