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Qual o ciclo da bilirrubina?

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Layla Maria

bile é uma secreção produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar durante a digestão. Sua ação se dá principalmente no intestino onde esta secreção tem a função de emulsificar gorduras, quebrando a complexidade das moléculas em moléculas mais simples e mais fáceis de serem absorvidas pelo organismo.

 

Ela é formada por sais biliares, gorduras, água, ácidos e por pigmentos. O pigmento predominante da bile é a bilirrubina. Este pigmento amarelado é produzido pela quebra do grupo prostético heme presente nas células sanguíneas onde a hemoglobina contida nas células é catabolizada em biliverdina. Nesse momento a biliverdina sofre ação da enzima biliverdina redutase que reduz esta, em bilirrubina.

 

Molécula de Bilirrubina

Como a bilirrubina permanece no plasma sanguíneo e tem habilidade de se ligar a albumina, este pigmento então é responsável pelo transporte da albumina pelas células, principalmente os hepatócitos. Depois que internalizada na célula, a bilirrubina se dissocia da albumina e se liga às proteínas Y e Z formando um complexo proteico, que é transportado para a membrana celular e é então excretada chegando até o intestino. Lá, a bilirrubina que está conjugada às proteínas e que sofreu algumas modificações de enzimas, é usada pelas bactérias e microrganismos do intestino sendo metabolizada e gerando o estercobilinogênio. Esta bilirrubina que foi metabolizada pelos microrganismos é excretada nas fezes, e outra parte é reabsorvida e pode ser excretada pelos rins ou pode voltar à bile.

Alguns problemas tanto metabólicos como injurias do organismo podem gerar problemas hepáticos e alterações na bilirrubina sérica. Por isso a quantidade excretada dessa substancia é um indicador importante para diagnostico de certas doenças. O aumento da bilirrubina sérica indica alterações em seu metabolismo podendo ser causado tanto pelo aumento de células sanguíneas perdidas como excesso de produção ou baixa capacidade de catabolizar a substancia pelas células. Esse aumento de bilirrubina circulante causa o acumulo do pigmento em diversas regiões do corpo, principalmente pele e mucosas, fazendo com que estas regiões tornem-se amareladas. É o que acontece por exemplo com os recém-nascidos que possuem icterícia, pois não possuem fisiologia hepática completamente madura. Os altos níveis de bilirrubina circulantes são extremamente tóxicos e prejudiciais à saúde. Em bebês recém-nascidos por exemplo, é possível que a bilirrubina se acumule em certa região do cérebro, pois a barreira hematoencefálica não está totalmente desenvolvida, causando danos irreversíveis. Também é possível que o acúmulo da bilirrubina se dê por motivos de destruição das células hepáticas e biliares causado por infecções virais (hepatites) e também pelo consumo em excesso de certas drogas.

O aumento da bilirrubina indireta (bilirrubina não conjugada a albumina) é observado na icterícia neonatal, na síndrome de Crigler-Najjar, na síndrome hemolítica e na doença de Gilbert. Estes casos estão relacionados com a velocidade de produção e de remoção do pigmento na circulação e não estão relacionados com aumento da bilirrubina na urina. Já o aumento da bilirrubina direta (conjugada a albumina), cujo aumento é observado na excreção pela urina, são relacionados com a capacidade de excreção deste pigmento pelo fígado e, portanto, refletem sobre a integridade e funcionalidade das células hepáticas. As doenças relacionadas com o aumento da bilirrubina direta na urina são as hepatites, as reações à drogas e obstruções no trato biliar.

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Mercedes F

O metabolismo hepático da bilirrubina envolve 3 fases: a) captação,  b) conjugação   e  c) excreção. Esta última é o passo limitante e o mais susceptível de falha em caso de doença hepatocítica. Captação. A bilirrubina é removida da albumina na superfície sinusoidal dos hepatócitos por um sistema de alta capacidade. Mesmo em condições patológicas, este não é um fator limitante.  É um sistema de transporte facilitado que permite equilibrar a concentração de bilirrubina dentro e fora do hepatócito. Como a bilirrubina que entra é logo ligada a proteínas chamadas ligandinas, a concentração de bilirrubina livre no citoplasma é sempre baixa, de modo que o equilíbrio é favorável à entrada de mais bilirrubina. Conjugação.  Ocorre no retículo endoplásmico liso do hepatócito, catalizada pela enzima UDP-glicuronil-transferase, em 2 passos, formando primeiro monoglicuronato, depois diglicuronato, que é a forma predominante. A quantidade insuficiente desta enzima no recém-nascido causa a icterícia fisiológica do 2o ao 5o dia após o nascimento. Secreção.  É um processo de transporte ativo com consumo energético, e o passo limitante de todo o processo. Ocorre a nível da membrana do hepatócito que constitue a parede dos canalículos biliares.  Quando este processo está diminuido, a bilirrubina que continua sendo conjugada no citoplasma do hepatócito não pode ser excretada na bile e termina por passar para o sangue, um processo chamado regurgitação. Normalmente, toda bilirrubina excretada na bile está na forma conjugada. DESTINO FINAL DA BILIRRUBINA No íleo e intestino grosso, os glicuronatos são removidos por enzimas bacterianas (b-glicuronidases), resultando os urobilinogênios, que são incolores. Estes são oxidados  a compostos corados, as urobilinas ou estercobilinas, que dão cor às fezes.  Parte da urobilina reabsorvida nos intestinos (ciclo enterohepático) é excretada na urina, dando-lhe cor amarela.
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RD Resoluções

A bile é uma secreção produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar durante a digestão. Sua ação se dá principalmente no intestino onde esta secreção tem a função de emulsificar gorduras, quebrando a complexidade das moléculas em moléculas mais simples e mais fáceis de serem absorvidas pelo organismo.


Ela é formada por sais biliares, gorduras, água, ácidos e por pigmentos. O pigmento predominante da bile é a bilirrubina. Este pigmento amarelado é produzido pela quebra do grupo prostético heme presente nas células sanguíneas onde a hemoglobina contida nas células é catabolizada em biliverdina. Nesse momento a biliverdina sofre ação da enzima biliverdina redutase que reduz esta, em bilirrubina.


Como a bilirrubina permanece no plasma sanguíneo e tem habilidade de se ligar a albumina, este pigmento então é responsável pelo transporte da albumina pelas células, principalmente os hepatócitos. Depois que internalizada na célula, a bilirrubina se dissocia da albumina e se liga às proteínas Y e Z formando um complexo proteico, que é transportado para a membrana celular e é então excretada chegando até o intestino. Lá, a bilirrubina que está conjugada às proteínas e que sofreu algumas modificações de enzimas, é usada pelas bactérias e microrganismos do intestino sendo metabolizada e gerando o estercobilinogênio. Esta bilirrubina que foi metabolizada pelos microrganismos é excretada nas fezes, e outra parte é reabsorvida e pode ser excretada pelos rins ou pode voltar à bile.

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