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O Direito do Trabalho é uma ramo do Direito Público ou Privado ?

💡 2 Respostas

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Brenda Arantes

Qual a natureza jurídica do Direito do Trabalho? - Flavia Adine Feitosa Coelho

Embora para efeito de concurso se aceite a posição da ampla maioria no sentido da natureza privada do Direito do Trabalho, é válido o apontamento das correntes que se formaram na discussão do tema. São elas:

1. Teoria de Direito Público que ponderam que nas relações de trabalho, a livre manifestação da vontade das partes é substituída pela do Estado que intervém na relação jurídica entre empregador e empregado, por meio de leis imperativas e irrenunciáveis, como ensina seu precursor Arnaldo Sussekind.

2. Teoria do Direito Social segundo a qual o interesse coletivo da sociedade prevalece sobre o privado, perfazendo-se o ordenamento trabalhista com a finalidade de se proteger o empregado socialmente mais fraco, predominando, portanto o interesse social.

3. Teoria do Direito Privado que estabelece que a raiz do Direito de Trabalho encontra-se no Direito Civil, nas locações de serviços. Entendem os defensores desta teoria, que embora existam normas cogentes sobre a matéria, estas não afastam a natureza privada da relação jurídica, haja vista que os contratantes (empregador e empregado) são livres para estipular as regras de seu pacto de emprego, restando claro que a maioria das normas da CLT são de natureza privada.

4. Teoria do Direito Misto que entende que na verdade o Direito do Trabalho é um complexo de normas públicas e privadas.

Referência:

SARAIVA, Renato. Direito do trabalho para concursos públicos . 10 ed. São Paulo: Método, 2009.

Fonte: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2090618/qual-a-natureza-juridica-do-direito-do-trabalho-flavia-adine-feitosa-coelho

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DLRV Advogados

A ampla maioria da doutrina conceitua o direito do trabalho como um ramo do Direito Privado.

É importante, no entanto, vermos as principais teorias sobre o tema:

Os que defendem ser de Direito Público, como Mario de la Cueva, ponderam que nas relações de trabalho, a livre manifestação da vontade das partes é substituída pela do Estado, que intervém na relação jurídica entre empregador e empregado, por meio de leis imperativas e irrenunciáveis. Não haveria, portanto, liberdade em contratar, haja vista que o empregado não pode renunciar, mesmo expressamente, alguns direitos estabelecidos pelo ordenamento jurídico.

Os que defendem ser de Direito Privado defendem que a raiz do Direito de Trabalho encontra-se no Direito Civil. Entendem os defensores desta teoria que embora existam normas cogentes sobre a matéria, estas não afastam a natureza privada da relação jurídica, haja vista que os contratantes são livres para estipular as regras de seu pacto de emprego.

Entre as posições, há aqueles que defendem ser o Direito do Trabalho um Direito Social, que seria um novo e terceiro ramo do Direito, cujo fundamento está na socialização do Direito, em oposição ao Direito individual.

Há os que defendem ser de Direito Misto, sendo o Direito do Trabalho um complexo de normas públicas e privadas.

Há ainda uma quinta corrente, encabeçada por Sussekind, que defende ser o Direito do Trabalho um Direito Unitário, que abrange normas de Direito Público (como normas de tutela e inspeção do trabalho), e normas de Direito Privado (como as alusivas ao contrato individual de trabalho).

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