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como se divide a teoria do crime?

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graziele santos

Teoria Causal : ação ou conduta é o efeito da vontade e causa do resultado, consistindo num fazer voluntário que atua sobre o mundo exterior. Essa teoria, orientada pela aplicação das leis naturais ao fenômeno penal, prescinde do exame do conteúdo da vontade para a caracterização da conduta, bastando que se tenha certeza de que o comportamento do agente foi voluntário para imputar-lhe o resultado

Teoria Social : é a realização de um resultado socialmente relevante, questionado pelos requisitos do Direito e não pelas leis naturais.

Teoria Finalista : é a atividade final humana e não um comportamento simplesmente causal. Implica necessariamente numa finalidade.

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Estudante PD

Na teoria do crime há várias divisões. Há em relação ao tempo do crime, lugar do crime, as classificações do crime como também ao próprio conceito de crime. 

Para definir o tempo do crime  utilizam-se três teorias: a teoria da atividade, teoria do resultado e a teoria da ubiquidade. Na teoria da atividade o tempo do crime vai ser somente o da ação ou omissão. Na teoria do resultado o tempo do crime será apenas o da consumação ou tentativa. Na teoria da ubiquidade o tempo do crime pode ser tanto o da ação ou omissão quanto o do resultado.

O Código Penal vigente adotou a teoria da atividade conforme o artigo 4º do diploma legal disposto abaixo, sendo que, a lei vigente ao tempo da prática da ação ou da omissão deverá ser aplicada ao caso, ressalvada as leis posteriores benéficas ao  réu. 

Tempo do crime

        Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

Para definir o lugar do crime  utilizam-se três teorias: a teoria da atividade, teoria do resultado e a teoria da ubiquidade adotada pelo Código Penal. Na teoria da atividade o lugar do crime vai ser somente o da ação ou omissão. Na teoria do resultado o lugar do crime será apenas o da consumação ou tentativa. Na teoria da ubiquidade adotada pelo nosso código penal o lugar do crime pode ser tanto o da ação ou omissão quanto o do resultado. 

Os crimes podem ser classificados em:

1 - Crime comum: qualquer pessoa pode praticar. Ex.: Homicídio.

2 - Crime próprio: é aquele em que somente algumas pessoas podem praticar. Ex.: Peculato - funcionário público.

3 - Crime de mão própria: somente o indivíduo pessoalmente designado pode praticar. Ex.: Autoaborto.

4 - Crime materiais: precisam do resultado naturalístico para se consumar. Ex.: Homicídio.

5 - Crimes formais: não precisam do resultado naturalístico para consumação sendo que se esse acontece é apenas, em regra, o exaurimento do crime. Ex.: Corrupção passiva.

6 - Crimes de mera conduta: dispensam totalmente o resultado naturalístico para a consumação. Ex.: Violação de domicílio.

7 - Crimes instantâneos: se consumam na hora da prática do delito. Ex.: Injúria.

8 - Crimes permanentes: a consumação é prolongada no tempo. Ex.: Sequestro e cárcere privado.

9 - Crime a prazo: só se consumam depois de determinado tempo. Ex.: Lesão corporal grave - ficar sem exercer a atividade habitual por mais de 30 dias. 

10 - Crimes unissubjetivos: pode ser praticado por uma pessoa. Ex.: Furto.

11 - Crimes plurissubjetivos: deve ser praticado por várias pessoas. Ex.: Associação criminosa.

12 - Crimes transeuntes: não deixam vestígios. Ex.: Calúnia em regra.

13 - Crimes não transeuntes: deixam vestígios. Ex.: Roubo.

14 - Crimes de forma livre: pode ser praticado de qualquer maneira.  Ex.: Furto.

15 - Crimes de forma vinculada: só pode ser praticado por meio dos atos descritos no tipo penal. Ex. Redução a condição análoga à de escravo.

16 - Crime vago: ofende uma coletividade.  Ex.: Crimes contra o sentimento religioso.

17 - Crime habitual: precisa da reiteração de condutas para se consumar ou o ato será um indiferente penal.  Ex.: Curandeirismo. 

Para ser caracterizado um crime é preciso de três elementos segundo o conceito analítico de crime, sendo eles: tipicidade, ilicitude e culpabilidade. Faz parte da tipicidade a conduta dolosa ou culposa, dano, nexo causal, resultado naturalístico (nos crimes materiais) e tipicidade material. Faz parte da ilicitude a legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento de dever legal e o exercício regular de um direito. Faz parte da culpabilidade a imputabilidade, a consciência potencial sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa. 

Desse modo, faltando um dos elementos da teoria tripartite (tipicidade, ilicitude e culpabilidade) não haverá crime. 

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