Para quem começa a estudar direito – ou quem se depara com expressões típicas do chamado “juridiquês”, sem saber de que forma interpretar todos os conceitos específicos – há um dupla de conceitos que podem confundir bastante: Direito Material e Direito Formal.
É comum, inclusive, que grades de ensino preocupem-se em tratar destes conceitos de forma mais aprofundada junto a Teoria Geral do Processo, mas os estudantes acabam esbarrando neles rotineiramente desde suas primeiras leituras.
Afinal, qual é a diferença entre Direito Material e Direito Formal, e o que significam estes conceitos, que geram tantas ramificações confusas? Confira:
Na prática, a distinção entre Direito Material e Direito Formal não são tão complicadas – apenas são um pouco abstratas e confusas para quem nunca pesquisou sobre o seu significado.
O Direito Formal, como o próprio nome indica, trata da forma como o direito existe e deve ser aplicado na realidade. É este ramo do direito que define quais são os procedimentos necessários para se cobrar determinado direito, ou para se defender de alguma acusação.
No meio acadêmco, pode-se dizer que o Direito Formal é a parte preocupada com a definição das regras de existência do direito, é o responsável pelo meio no qual o direito existe, e como as pessoas e instituições devem se portar dentro dele.
Sua palavra chave é: “como”. “Como solicitar uma pensão alimentícia”, “Como entrar com uma ação judicial em determinada instância” são preocupações da área formal do direito.
Já o Direito Material trata dos fins do direito, ou seja, preocupa-se em definir o quê o direito garante ou exige. Os famosos “direitos e deveres” são uma preocupação do Direito Material, responsável por definir qual a matéria objetiva garantida ou esperada de alguém.
Cabe, a este aspecto do direito, definir “o quê”. De maneira geral, pode-se definir assim a diferença entre Direito Material e Direito Formal: o primeiro lida com “o quê”, o segundo lida com “como”. O primeiro lida com a finalidade das leis, e o segundo lida com o meio no qual elas são aplicadas.
De forma resumida, pode-se estabelecer um paralelo entre quase todas as áreas destes dois segmentos do direito: enquanto o Direito Material preocupa-se com o Direito Civil, Direito do Trabalho e o Direito Penal, o Direito Formal preocupa-se com o Direito Processual Civil, o Direito Processual do Trabalho e o Direito Processual Penal.
Utilizando o exemplo de aplicação de Direito Material e Direito Formal em uma esfera penal, por exemplo, pode-se pensar o seguinte, a respeito de um assassinato:
Cremos que o objetivo da pergunta tenha sido obter conhecimentos sobre as divisões do Direito.
O direito positivo se divide em duas partes: direito público e direito privado.
Na definição de Celso Ribeiro Bastos, Direito Público é o "conjunto de normas e princípios que regem a atividade do Estado, a relação deste com os particulares, assim como o atuar recíproco dos cidadãos.”
O Direito Público Interno rege os interesses estatais e sociais. Suas normas encontram-se no direito constitucional, administrativo, processual, tributário, penal e eleitoral.
Já o Direito Público Externo tem a função de tratar das relações internacionais entre Estados soberanos. As normas utilizadas para tanto são as de Direito Internacional Público, ou seja, convenções e tratados firmadas com organizações internacionais.
O Direito Privado é formado por normas que tem por matéria as relações existentes entre os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou extra patrimoniais. As normas de direito privado encontram-se no direito civil, direito do trabalho (de acordo com a doutrina majoritária) e no direito comercial.
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