Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-se:
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído o ônus? c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os critérios para utilização dessa espécie de prova?
No caso concreto acima narrado, estamos diante de uma relação de consumo. Assim, considerando a vulnerabilidade do consumidor, o CDC cristaliza em seu art.6º a inversão do ônus da prova, conforme disposto a seguir:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Além disso, o NCPC inovou ao permitir que o juiz faça uso de provas de outro processo, desde que sejam submetidas ao crivo do contraditório e ampla defesa, como disposto a seguir:
Art. 372: "o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório".
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