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COBRANÇA DEVIDA/INDEVIDA

Boa tarde, pessoal.

''A'' Faz um empréstimo no dia 21/08/2006 junto ao Banco X/SA no valor de 5.000,00 R$ dividido em 72x parcelas. ''A'' vem pagando parcelas corretamente ao Banco X/SA, só que na 3° parcela do empréstimo "A" deixa de honrar com seu compromisso. O Banco X/SA ao ver que ''A'' está inadimplente a 3 meses faz inúmeras cobrnças ao mesmo, sendo que as tentativas são frustradas. No dia 23/09/2012, "A" vai até ao orgão de proteção ao crédito da sua cidade para averiguar se existe alguma restrição em seu nome. Ao chegar no local, ele identifica que o Banco X/SA, inseriu 'A" no orgão competente no dia 14/10/2011. Com relação a prescrição e decadência e estudos relacionados ao assunto, responda fundamentadamente.

A) O banco X/SA agiu corretamente ao negativar o nome de "A" junto ao orgão de proteção ao crédito?

B) Você como advogado de "A", de que forma aconselharia o mesmo para solucionar tal conflito? 

💡 2 Respostas

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

A) O banco agiu corretamente quanto à inclusão, se considerarmos parcela mensal. É que o inadimplemento teria se iniciado em 21/11/2006, razão pela qual poderia ter ocorrido a negativação em 14/10/2011, pois se trata de relação consumerista com prazo prescricional de 5 anos (art. 43, §5º, CDC). É que o prazo deve ser contado a partir do vencimento de cada parcela.

Por esta mesma razão, em 23/09/2012 não poderiam constar todas as parcelas inadimplidas, devendo ser retiradas do cadastro todas aquelas anteriores a 5 anos de prescrição, ou seja, aquelas inadimplidas a partir de 23/09/2007, a manutenção indevida é incorreta e enseja a responsabilidade civil solidária do Banco X/SA e do órgão mantenedor do cadastro, nos termos do art. 7º, parágrafo único, do CDC (entendimento recente do STJ).

Da mesma forma, foi incorreta a atitude do órgão mantenedor de não haver diligenciado a notificação prévia do consumidor quanto à inclusão de seu cadastro, nos termos da Súmula 359, do STJ.

b) Pelas razões acima expostas, recomendaria a propositura de ação de reparação por danos morais, com pedido de tutela de urgência. É que a inclusão sem prévia notificação enseja responsabilidade civil do órgão mantenedor e a manutenção indevida enseja a responsabilidade solidária. Quanto aos demais débitos, devidamente mantidos, deve ser realizado o pagamento, sob pena de se manter lícita a manutenção, sendo certo que as parcelas devem ser abarcadas pela prescrição em momento oportuno. A tutela de urgência se justifica, desde que haja comprovação dos fatos narrados (fumus boni iuris ou probabilidade do direito), pois o dano de difícil reparação é inerente à dificuldade no acesso ao crédito, bem como os danos aos direitos da personalidade gerados.

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