A analogia consiste em um método de interpretação jurídica utilizado quando, diante da ausência de previsão específica em lei, aplica-se uma disposição legal que regula casos idênticos, semelhantes, ao da controvérsia.
Segundo Ricardo Lobo Torres, analogia ocorre quando se aplica "ao caso emergente, para o qual não existe previsão legal, a norma estabelecida para hipótese semelhante".
Segundo Francisco Ferreira, "consiste em aplicar à hipótese não prevista especialmente em lei dispositivo relativo a caso semelhante. Nesse caso, o magistrado estende um preceito legal a casos não diretamente compreendidos na descrição legal, porém, semelhantes".
"A analogia pode ser legal (legis), quando o juiz pega uma única lei que regula o caso parecido e aplica-a por analogia; ou jurídica (iuris), quando o juiz pega um conjunto de normas e aplica por analogia diante da lacuna, não utilizando apenas uma única lei como paradigma."
Segundo a Lei de Introdução as norma do Direito Brasileiro, no caso de omissão da lei, o juiz poderá decidir o caso de acordo com a analogia.
"Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito."
Trata-se de uma das espécies de técnica de integração, que devem ser usadas quando uma totalidade jurídica apresenta uma incompletude insatisfatória, havendo lacunas.
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