Um dos assuntos mais debatidos ultimamente é a relação entre os poderes e como manter a separação e a harmonia entre eles, principalmente com o destaque que o Judiciário vem alcançando na decisão de casos difíceis e na realização do controle judicial das políticas públicas.
Há casos em que essa atuação é bem vista, mas em outros é tida como um desrespeito ao princípio da separação de poderes.
Dentre os conceitos advindos dessa discussão, podemos destacar o ativismo judicial e a judicialização da política.
O ativismo judicial se dá quando o judiciário ultrapassa sua barreira de atuação, se imiscuindo ilegalmente em competências de outros poderes.
Segundo Luis Roberto Barroso, a judicialização da política, ao contrário do ativismo judicial, não é uma alternativa do Judiciário, e afirma: “a judicialização constitui um fato inelutável, uma circunstância decorrente do desenho institucional vigente, e não uma opção política do Judiciário”.
A judicialização, segundo Barroso, significa que "questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral estão sendo decididas, em caráter final, pelo Poder Judiciário. Trata-se, como intuitivo, de uma transferência de poder para as instituições judiciais, em detrimento das instâncias políticas tradicionais, que são o Legislativo e o Executivo".
Segundo o eminente ministro, algumas das causas desse fenômeno são: a redemocratização do país, a constitucionalização de vários temas e o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade.
A Constitucionalização de muitos temas na CRFB/88, por exemplo, levou ao judiciário diversos questionamentos que antes não eram levados.
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Direito Constitucional I
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