Na teoria da Separação de Poderes, o filósofo iluminista Montesquieu redefiniu o poder do Estado, de forma que este passasse a ser limitado.
Para ele, "o poder do Estado deveria dividir-se em funções específicas, (especialização funcional), atribuídas a órgãos independentes (independência orgânica), possibilitando a limitação do poder em razão da sua incompletude. Em outras palavras, o poder era limitado pelo próprio poder, de forma que não seria mais absoluto".
Como decorrência da própria separação e da independência das funções desenvolvidas no âmbito do Estado, Montesquieu desenvolveu o Sistema de Freios e Contrapesos.
"Este Sistema significava a limitação do poder pelo próprio poder; ou seja, cada poder deveria ser autônomo e exercer a função que lhe fora atribuída, ao passo que o exercício desta função deveria ser controlado pelos demais poderes."
Segundo Montesquieu, "o Sistema de Freios e Contrapesos é formado pela “faculdade de estatuir” e pela “faculdade de impedir”, possibilitando a influência mútua e o controle recíproco entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo. A “faculdade de estatuir” deve ser interpretada como o poder de ordenar ou corrigir o que foi por outro ordenado; enquanto a “faculdade de impedir” consiste no poder de tornar nula a ação efetuada por outrem."
"A aplicação das faculdades possibilita ao Legislativo, por exemplo, examinar o modo como foram executadas as leis que elaborou, bem como, permitem ao Executivo o poder de frear iniciativas que tornariam o Legislativo em um poder despótico."
Montesquieu Apud Ana Pires.
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