Como poder instituidor do Estado, pressupõe-se sua anterioridade, sendo considerado poder constituinte originário. Tudo dele decorre.
A doutrina elege como características principais deste poder originário, com pequenas variações entre os autores, a inicialidade, a incondicionalidade e a ilimitação.
Inicial - não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado;
Incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua vontade; não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal; e
Autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo anterior; não há nenhum condicionamento material.
Também chamado Instituído ou de segundo grau – é secundário, pois deriva do poder originário. Encontra-se na própria Constituição, encontrando limitações por ela impostas: explícitas e implícitas.
Derivado - deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder Constituinte originário;
Subordinado - está subordinado a regras materiais; encontra limitações no texto constitucional; e
Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da CF; é condicionado a regras formais do procedimento legislativo.
Este poder se subdivide em:
I) poder derivado de revisão ou de reforma: poder de editar emendas à Constituição. O exercente deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda, não está no procedimento legislativo, mas no Poder Reformador.
II) poder derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar as suas próprias constituições. O exercente deste poder são as Assembléias Legislativas dos Estados. Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem.
Destrinchando um pouco mais os limites do poder constituinte derivado, temos que este é instituído pelo poder constituinte originário, ou seja, deste se deriva e obedece às regras por ele estabelecidas. Logo, o poder constituinte derivado é limitado e condicionado pelo originário, obedecendo tanto a limites expressos na Constituição como limites implícitos.
Para haver reforma do texto, há previsão de um procedimento que deve ser obedecido. O referido procedimento é distinto e mais complexo do que aquele estabelecido para aprovar e mudar leis ordinárias.
Existem limites temporais de caráter transitório e de caráter permanente. Aqueles figuram como disposições transitórias que proíbem a reforma total ou parcial durante certo tempo.
São circunstanciais aquelas situações tendentes a impossibilitar ou impedir que a reforma constitucional se realize em determinadas ocasiões, que podem ser consideradas “anormais”: o estado de sítio, a intervenção federal, e o estado de defesa (artigo 60, parágrafo 1º).
Podem ser expressos ou implícitos.
As limitações materiais expressas estão previstas no rol do parágrafo quarto do artigo 60 da Constituição Federal, abaixo transcrito:
"§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado
II - o voto direto, secreto, universal e periódico
III - a separação dos Podere
IV - os direitos e garantias individuais."
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