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-Explicação da evolução Histórica do Direito Processual. -O processo em Roma -O processo no Brasil

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Ingrid Elias

A constituição de 1891 começou a ser criada em 1889 e foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e ela vigorou por toda a república velha, isto é, até 1927. Seus principais autores foram: Prudente de Morais e Rui Barbosa. Ela foi inspirada pela Constituição dos Estados Unidos, dando autonomia aos municípios.

Dessa vez, o poder foi distribuído em três: legislativo, judiciário e executivo, acabando com o moderador. Ela foi a primeira constituição brasileira a adotar o presidencialismo, com eleição de 4 em 4 anos e direto, o senador deixou de ser um cargo vitalício, e a Igreja Católica foi desmembrada do Estado Brasileiro, não tendo mais religião oficial.

  Foi nessa mesma Constituição que foi aprovada a dualidade de Justiça, portanto, passou a existir a Justiça Estadual e a Justiça Federal. Na Justiça Estadual, tende-se observar os princípios constitucionais federais. Ela é composta de duas instâncias, sendo eles o Tribunal de Justiça e os Juízes Estaduais, no primeiro, eles possuem competências definidas na Constituição Federal, na Constituição Estadual, bem como na Lei de Organização Judiciária do Estado.

O Tribunal de Justiça tem a competência de, em segundo grau, revisar as decisões dos juízes e, em primeiro grau, julgar determinadas ações em face de determinadas pessoas. Os integrantes do Tribunal de Justiça são os desembargadores, e os Juízes Estaduais são os Juízes de Direito.

A partir da Constituição Federal de 1934, coube a União a competência para legislar exclusivamente sobre o processo, mantendo-se essa regra nas Constituições subsequentes. Assim, tornou-se necessária a preparação de novos Códigos de Processo Civil e Penal. Esta preparação estava o Governo encarregado de organização das comissões de juristas. Contudo, diante das divergências surgidas na comissão encarregada de preparação de um anteprojeto do Código de Processo Civil, um de seus membros apresentou um trabalho, que depois foi revisto e transformou-se no Código de Processo Civil de 1939.

Neste novo Código de 1939, teve como características a adoção do princípio da oralidade, tal como caracterizado por Chiovenda, com algumas concessões à tradição, notadamente no que diz respeito ao sistema de recursos e à multiplicação de procedimentos especiais.

No Código de Processo Penal, instituído através do decreto de lei n. 3869, baseou-se no projeto elaborado por vários autores como Vieira Braga e Nélson Hungria. Compõem-se de seis livros, desdobrados em oitocentos e onze artigos, dentre eles do processo em geral, dos processos em espécie, das nulidades e dos recursos em geral, da execução, das relações jurisdicionais com as autoridades estrangeiras e das disposições gerais.

Com a verificação de alguns defeitos graves apontados nos dois estatutos processuais decorrentes de falhas em sua aplicação, exigiu-se uma reformulação da legislação processual, com novas codificações.

Receberam o cargo de elaborar os anteprojetos do Código de Processo Civil e do Código de Processo Penal. Alfredo Buzaid e José Frederico Marques respectivamente.

O projeto de Buzaid foi submetido a uma comissão, logo após ao Congresso Nacional (projeto n. 810/72) e enfim, depois de passar por inúmeras emendas, foi aprovado e em seguida promulgada pela lei n. 5.869, de 11 de Janeiro de 1973.

Por sua vez, o projeto de José Frederico, depois de sofrer várias emendas foi aprovado pela Câmara dos Deputados (de 22.11.777) e levado ao Senado Federal, aonde estava quando foi retirado pelo poder executivo. Os trabalhos foram retomados no Governo Figueiredo, que instituiu uma nova comissão composta pelos professores Francisco Assis Toledo, Rogério Laura Tocci e Hélio Fonseca.

Foi finalmente, pela mensagem n. 240, de 29 de junho de 1983, encaminhado ao Congresso Nacional (projeto n . 1.655/83). Foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas desde então permanece sem progresso no Senado Federal.

O Código de Processo Civil de 1973 conta com 1.220 artigos dispostos em cinco livros, “ I – do processo em conhecimento; II – do processo em execução; III- do processo cautelar; IV- dos procedimentos especiais e V- das disposições finais e transitórias”.

No primeiro livro, o código trata da competência dos orgãos do Poder Judiciário, dita normas sobre o procedimento ordinário e sumário e o processo nos tribunais, além de disciplinar os atos processuais e suas nulidades, prova, sentença, cuja julgada e recursos.

No segundo livro destaca-se a disciplina que dá aos títulos executivos judiciais e extrajudiciais, disciplina a competência em matéria executiva, a responsabilidade e as sanções que merecem, além de espécies de execução com procedimentos diferenciados.

No terceiro livro disciplina as medidas cautelares, com medidas cautelares típicas( nominadas) e medidas atípicas(inominadas).

No quarto livro abrange os procedimentos especiais, distribuídos em duas categorias: as de jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária. E finalmente, no quinto estão as disposições finais e transitórias.

O Código de Processo Penal apresentado no Congresso Nacional acompanha o Projeto José Frederico Marques, seus autores não seguiram o vigente Código de Processo Penal. O projeto conta com o ponto alto; a simplificação dos procedimentos; a instituição do rito sumaríssimo; a racionalização em matéria de nulidade e de recursos; sem contar com várias mini reformas.

Atualmente, no ramo do Processo Civil, temos o projeto de Lei n.º 166/2010 do Senado Federal, que trata do Novo Código de Processo Civil, originou-se do Anteprojeto de Código de Processo Civil elaborado pela Comissão de Juristas nomeada em setembro de 2009. Após alguns debates e trabalhos desenvolvidos pela Comissão Revisora, em dezembro de 2010 o Projeto de Lei n.º 166/2010 foi aprovado pelo Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei n.º 8.046/10.

O projeto visa simplificar processos e dar mais celeridade à tramitação das ações. As principais mudanças são a limitação da quantidade de recursos e a criação um mecanismo para resolução de demandas repetitivas. Com cerca de 300 artigos a menos que a lei em vigor, o anteprojeto também busca ordenar de forma mais lógica as normas de processo civil.

Outra proposta é reduzir o número de recursos possíveis para acelerar o trâmite dos processos. O novo código sugere ainda que os juízes de primeiro grau e os tribunais locais sejam obrigados a observar as teses fixadas por tribunais superiores antes de tomar decisões ou aceitar recursos. Além disso, sempre que houver um novo entendimento sobre uma questão, as cortes superiores terão que informar a partir de quando passa a valer a mudança.

Desse modo as mudanças propostas tentam melhorar no direito processual os instrumentos para efetivação dos direitos garantidos e contemplados no ramo do direito material. O que se tem buscado, portanto, é a universalização da justiça, seja facilitando-lhe o acesso a todos, seja distribuindo melhor os ônus da demora no processo, seja permitindo a tutela de interesses que, fragmentados entre os membros da coletividade, não eram adequadamente protegidos.

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Ingrid Elias

nathany, eu tentei enviar por aqui mas n deu.. me envie um email que eu te mando o material que tenho. ;)

ingridelias@gmail.com

 

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