A etapa inicial do processo de preparação de uma lâmina histológica consiste na coleta da amostra de tecido a ser analisado, e isto pode ser feito de diferentes maneiras:
- Biópsia cirúrgica, em que a obtenção da amostra de tecido ou órgão se dá através de uma incisão cirúrgica;
- Biópsia endoscópica, usada para órgãos ocos (estômago, intestino, etc.) através de endoscopia;
- Biópsia por agulha, na qual a amostra tecidual (cilindro) é obtida pela punção do órgão (fígado, pulmão), sem que seja necessário abrir a cavidade natural;
- Cirurgias amplas, realizadas quando a amostra corresponde a peças grandes (ex. tumores) ou órgãos (ex. mama, útero)
- Necropsia, que se trata do procedimento utilizado para estudo anatômico de órgãos ou tecidos, no animal morto.
Após a coleta da amostra biológica (biópsia, necrópsia ou peças cirúrgicas), deve-se primeiramente fixá-la com o objetivo de manter a estrutura e a composição mais próxima a do tecido in vivo e impedir a ação de bactérias e enzimas proteolíticas (autólise) que provocariam a degradação tecidual. A fixação pode ser realizada por métodos físicos (aquecimento, resfriamento) ou por métodos químicos (formol, líquido de Bouin).
Os fixadores atuam estabelecendo ligações transversais entre as proteínas intra e intercelulares. Quando a amostra é espessa, realiza-se, a sua clivagem para permitir a melhor penetração do fixador. Outra peculiaridade está em amostras de tecido mineralizados, que precisam ser descalcificados para permitir a sua fixação.
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Histologia e Embriologia
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