Não consigo achar um site para me dar uma definição boa, e preciso saber daonde ele se forma... alguém abençoado para me ajudar? :)
Os Teratomas Sacrococcígeos são tumores congênitos, raros, que ocorrem em cerca de 1/35.000 casos, derivados das primordiais totipotenciais do nó primitivo (nó de Hensen), contendo três folhetos embrionários instalando-se na região anterior do cóccix durante a fase embrionária. Cerca de 75 % dos casos acometem pacientes do sexo feminino, porém, há maior incidência de malignidade em pacientes do sexo masculino.
Os Teratomas Sacrococcígeos apresentam-se como formações de consistência amolecida localizados na topografia das regiões sacral e perineal. Estas neoplasias sempre devem ser removidas cirurgicamente, apresentando histologia benigna em 90 % dos casos nos pacientes com idade até 2 meses e após este período a probabilidade de malignidade aumenta em cerca de 70% dos casos.
A maioria dos Teratomas Sacrococcígeos são lesões volumosas, em torno de 8 a 12 cm de comprimento, encapsulados, poli-lobulados e possuindo componentes sólido, cístico ou misto. Os casos com predomínio cístico tendem a benignidade e os sólidos a malignidade, mais precisamente, Carcinoma de Células Embrionárias ou Anaplásico, onde têm prognóstico desfavorável.
Os Teratomas Sacrococcígeos podem determinar sintomas obstrutivos urinários e raramente se estendem para o compartimento intraraquiano.
Classificação:
Os Teratomas Sacrococcígeos são classificados de acordo com sua localização:
Tipo I: 46,7 % dos casos, predomínio extra pélvico e mínimo componente pré-sacral.
Tipo II: 34,7 % dos casos, massa extra pélvica e significativo componente intrapélvico.
Tipo III: 8,8 % dos casos, mínima massa extra pélvica e predomínio intrapélvico.
Tipo IV: 9,8 % dos casos, massa pré-sacral e sem componente extra pélvico.
Diagnóstico por Imagem:
No estudo radiológico os Teratomas Sacrococcígeos apresentam-se com densidade de partes moles e calcificações em cerca de 50 % dos casos (divididas em amorfa, puntiforme e espiculadas), todas sugestivas de benignidade.
A ultra-sonografia confirma a existência de componente cístico, sólido ou misto.
A Tomografia Computadorizada Multislice pode demonstrar a massa de partes moles e calcificações em estudo multiplanares e 3D.
Na Ressonância Magnética estes tumores são caracterizados por hipossinal em T1 e hipersinal em T2, sendo considerado como método de escolha durante a fase pré-operatória, avaliação exata de sues limites, localização topográfica, relação com demais órgãos pélvicos e coluna.
Os diagnósticos diferenciais mais comuns são os Cordomas, responsáveis por destruição óssea dos corpos vertebrais, as meningoceles anteriores com componente intra-raquiano e ainda o Neuroblastoma e Linfangioma.
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