O ser humano é um ser gregário, ou seja, é um ser social, consequentemente surgem diversos conflitos de interesses, fazendo-se necessário um controle para que exista harmonia social. Uma das formas de controle desses conflitos de interesses é o Direito, ou seja, se diz que o Direito nasce dos fatos sociais, por conta da socialização causar fatos sociais e conflitos de interesses que trazem a necessidade do Direito na sociedade.
Pois o direito juspositivo nasce com a sociedade, que por sua vez tendem a conflitar entre os cidadãos. Assim, as leis são criadas para armonizações de tais conflitos.
Diferente do Direito jusnaturalista que nasce junto com o ser humano. Ex.: direito à vida.
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A sociedade e o Direito estão ligados intrinsecamente um ao outro, pois o direito tem sua base que é essencialmente social e se define como a proteção das condições de vida da sociedade, realizado pelo poder público. A sociedade interage com o direito e é influenciada por ele, toda vez que o poder soberano estabelece uma lei e mostra à sociedade que estamos destinados a cumprir aquele determinado comportamento, então o direito acaba condicionando a realidade social.
Temos então que o direito é oriundo dos fatos sociais, ao mesmo tempo que os molda e condiciona. Trata-se de uma relação de dupla via.
Segundo a teoria tridimensional, elaborada por Miguel Reale, o Direito se compõe da conjugação harmônica dos três aspectos básicos e primordiais:
O fato vem a ser um acontecimento social que envolve interesses básicos para o homem e que por isso se enquadra no conjunto de assuntos regulados pela ordem jurídica. Miguel Reale chama a atenção para a distinção existente entre as duas acepções que a palavra “fato” comporta na teoria tridimensional: o direito como fato histórico-cultural, um fenômeno social e como dimensão do direito. Importa distinguir o fato do direito, global e unilateralmente entendido como um acontecimento histórico, e quanto ao fato enquanto fator ou dimensão daquela experiência. – O fato indica uma circunstancia de cada momento no desenrolar do processo jurídico. Bem, fato nestas acepções, é tudo aquilo que naquele determinado meio do direito, corresponde ao já dado ou ao já posto no meio social e que valorativamente se integra na unidade ordenada da norma jurídica, dando resultado a dialeticidade dos três fatores.
O valor corresponde ao elemento moral do direito. Se toda obra humana é impregnada de valores, igualmente o direito, ele protege e procura realizar valores ou bens fundamentais e vida social.
A norma consiste no comportamento ou organização social imposto aos indivíduos.
A conjugação proposta por Reale pressupõe uma constante comunicação entre o primeiro e o segundo aspectos, que origina e também se relaciona com terceiro. Esta comunicação é denominada pelo próprio autor como a "dialética de implicação-polaridade", ou, "dialética de complementariedade". Esta dialética consiste na percepção de que fatos e valores estão constantemente relacionados na sociedade de maneira irredutível (polaridade) e de mútua dependência (implicação).
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