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Conceitue e diferencie: capacidade de ser parte, capacidade processual e capacidade postulatória.

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Maria Eliza Campos

Capacidade de ser parte é qualquer pessoa que possue capacidade de direito, ou seja, qualquer pessoa nascida com vida, conforme disposto nos artigos 1º e 2º do Código Civil.

Capacidade processual é conferida àqueles que possuem aptidão para agir em juízo, logo, maiores e capazes.

Capacidade postulatória é prerrogativa daqueles que podem postular direitos em juízo, como o advogado, ou a própria parte nos casos do Juizado Especial Cível e Justiça do Trabalho.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

A capacidade processual em sentido amplo engloba três capacidades: (i) capacidade para ser parte; (ii) capacidade para estar em juízo; (iii) Capacidade postulatória; 

(i) Capacidade para ser parte:

É a aptidão que determinado sujeito possui para figurar em polo do processo, com ou sem representação. Neste espectro, se confunde com a personalidade civil ou capacidade civil de direito ou de gozo. E.g. um bebê de 2 anos possui capacidade de ser autor em ação de alimentos movido contra seu genitor, desde que devidamente representado em juízo (mãe, avós, curador especial, etc.)

(ii) Capacidade para estar em juízo:

É a aptidão que determinado sujeito possui para figurar em polo do processo sem necessidade de representação ou assistência. Neste espectro, se confunde com a capacidade civil plena ou capacidade civil de exercício ou de fato. 

(iii) Capacidade postulatória:

É atributo para que a pessoa possa postular em juízo, praticando atos processuais de maneira válida. Em regra, é detida por advogados, defensores públicos, promotores e procuradores, mas há exceções, como na Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) ou na impetração de habeas corpus (capacidade universal).

(iv) Capacidade processual dos cônjuges:

Versa sobre a capacidade processual dos cônjuges ou companheiros (as) para ajuizar ação ou se demandado judicialmente (arts. 73 e 74, do CPC).

Exceto quando em regime de separação absoluta de bens, os cônjuges e companheiros (as) dependem de consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real sobre bem imóvel, o que pode ser judicialmente suprimido quando a recusa for injustificada e desarrazoada, o que bem atende aos princípios do acesso à justiça e da inafastabilidade do controle jurisdicional.

Ademais, quando no polo passivo, os cônjuges ou companheiro (as) atuarão em litisconsórcio passivo necessário, ou seja, deverão necessariamente figurar no polo passivo da demanda todos os integrantes da relação afetiva, quando se tratar de ação:

I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;

II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;

III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;

IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.

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