Em uma economia onde todos os bens são produzidos pela iniciativa privada e não há interferência nos preços por parte do governo, o preço desses bens são determinados por oferta e demanda. Ou melhor, são determinados por uma livre concorrência entre os produtores e por outra livre concorrência entre os consumidores. Se há concorrência entre os consumidores, isso significa que nem todos conseguirão comprar tudo o que precisam. Nesse cenário, é muito tentador para alguns políticos fixar preços máximos para aquilo que julgam “artigos essenciais” para as famílias. Na cabeça deles, isso iria fazer com que mais famílias (e principalmente as mais pobres) tivessem acesso a esses bens essenciais.
Há um grande erro nessa análise, pois estamos desestimulando a produção, precisamente a produção de itens essenciais. Vamos entender melhor. Nem todos os produtores têm a mesma estrutura de custos. Alguns conseguirão produzir com baixo custo e, porque conseguem vender no mesmo preço dos demais, terão alta margem de lucro. Outros terão custos mais elevados, e consequentemente margem de lucro menor e talvez próxima de zero.
Quando o governo fixa o preço máximo do bem abaixo do preço que seria determinado por oferta e demanda, os produtores do segundo grupo passam a ter prejuízo por que o preço pelo qual lhes é permitido vender é agora menor do que seus custos. Eles acabam fechando o negócio, o que diminui a produção total desse bem.
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