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como fazer uma petição inicial simples mais com todos os requisitos necessarios para o deferimento?

💡 3 Respostas

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Rafael Ferraioli Scardoeli

Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida;

I - o juízo a que é dirigida;

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.

§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.

§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.

§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.

§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

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tataduartebsb@gmail.com

Só seguir o modelo da inicial e não esquecer dos art. E os fundamentos
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Nathállia Lima

1 - ENDEREÇAMENTO

É primeira informação que consta da inicial (art. 319ICPC): o autor deve dirigir sua petição inicial àquele órgão especificamente designado pela lei para apreciar (processar e julgar) a demanda. Está diretamente relacionado à competência do órgão jurisdicional: é o endereçamento que responde à pergunta "com quem estou falando". É importante lembrar que as regras de determinação da competência podem ser encontradas na Constituição Federal, no Código de Processo Civil, na legislação extravagante (exemplo: lei de locações, lei de falenciasCódigo de Defesa do Consumidor etc.) e nas leis locais de organização judiciária (que podem prever, por exemplo, que demanda deverá ser proposta perante uma vara cível ou perante uma vara especializada em acidentes de trânsito).

2 - QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A qualificação é o requisito que permite ao Poder Judiciário o conhecimento de quem são as partes do processo (art. 319IICPC). É importante por inúmeros motivos, além de estabelecer quem litiga contra quem: permite avaliar a legitimidade, a extensão subjetiva da sentença (ou seja, quais pessoas ou sujeitos serão abrangidos pela decisão), as características pessoais relevantes ao processo - como as relativas à capacidade (representação, assistência), à permissão (outorga uxória), à competência (art. 109ICF), à representação processual (art. 106 do CPC).

3 - CAUSA DE PEDIR

Consiste exatamente na exposição das razões (fáticas e jurídicas) que levaram o autor a buscar a tutela jurisdicional (art. 319IIICPC): respondendo à pergunta "por que você está ajuizando esta ação". É neste capítulo da inicial que o autor conta sua versão da história, tentando, desde logo, convencer o Poder Judiciário de que ele (autor) merece que seu pedido seja atendido.

4 - PEDIDO

Também chamado de objeto da ação (art. 319IVCPC), consiste na especificação das providências que autor espera do Estado: condenação, (des)constituição, declaração. Basicamente é aquilo que o autor espera obter com o processo: o divórcio, a condenação do réu ao pagamento de uma indenização etc. Responde à pergunta: "o que você quer com este processo".

5 - OPÇÃO SOBRE A AUDIÊNCIA INICIAL

É um requisito ocasional da petição inicial (art. 319VIICPC): se o autor quiser que seja designada a audiência de conciliação ou de mediação, ele tanto pode dizer expressamente na petição inicial que assim deseja quanto pode silenciar a respeito - caso em que se presume sua concordância com a realização da audiência (§§ 4º e  do art. 334 do CPC). A rigor, o autor só precisa se manifestar expressamente quando não desejar que seja realizada a audiência inicial. A concordância do autor com a realização da audiência não significa que ele estará obrigado a fazer acordo, mas simplesmente que ele aceita a realização do ato.

6 - REQUERIMENTO DE PROVAS

É o momento da petição inicial no qual o autor deve dizer quais meios de prova ele pretende utilizar para demonstrar a verdade dos fatos que narrou (art. 319VICPC). Isso não significa que o autor deva “especificar” as provas desde logo. Uma coisa (requerimento/indicação dos meios) é o autor dizer que pretende usar provas documentais, testemunhais, periciais etc. Outra coisa (especificação) é individualizar as testemunhas (fulano de tal), apresentar os quesitos (perguntas que devem ser respondidas pela perícia) etc. Em regra, os documentos úteis à comprovação do direito do autor devem ser anexados à petição inicial (art. 434 do CPC).

7 - VALOR DA CAUSA

A toda causa deve ser atribuído um lavor (art. 319VCPC). Em regra, deve ser calculado conforme o art. 292 do CPC. Mas, naquelas causas em que o direito debatido não tiver um conteúdo econômico (a exemplo de uma ação que pretenda o reconhecimento de paternidade), o autor poderá atribuir um valor aleatório à causa (na prática jurídica, normalmente, estipula-se o valor do salário mínimo).

8 - ASSINATURA DO ADVOGADO

Demonstra que a parte está representada por profissional legalmente habilitado (advogado, promotor, procurador, defensor) e para evitar que haja, no processo, documento apócrifo (sem origem conhecida ou de autenticidade não comprovada). É evidente que, no processo eletrônico/digital, a assinatura pode ser feita por sistema de chaves públicas, que confirme a autenticidade do profissional que subscreve a peça.

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