Tradicionalmente a doutrina identificava dois modelos de processos na civilização ocidental. O modelo de processo inquisitivo e o dispositivo. Normalmente os países adotam um ou outro.
No Princípio inquisitivo (modelo inquisitorial) há predominância do juiz como protagonista. O juiz é protagonista quando possui muitos outros poderes além do decisório. Mas, por mais inquisitivo que seja, quem inicia o processo será sempre a parte.
Já no Princípio dispositivo (modelo adversarial) o protagonismo é das partes, assumindo a forma de competição ou disputa, desenvolvendo-se como um conflito entre dois adversários diante de um órgão jurisdicional, cabendo ao juiz o poder decisório, o que traz um pouco de inquisitividade.
Estão ligados ao modelo de procedimento adotado. No Código de Processo Civil, adotou-se o modelo dispositivo, com alguns traçoes do inquisitivo.
Princípio dispositivo é aquele que informa que os protagonistas do processo são as partes e elas possuem mesma hierarquia do juiz, sendo as responsáveis pela maior parte das iniciativas, seja para execução, produção de provas, etc. Aqui, o poder do juiz é basicamente decisório e diretivo, mas há possibilidade das partes participarem da convenção de como se dará o desenvolvimento do processo.
No princípio inquisitivo, o protagonismo é do juiz. Ele é o principal responsável pela condução do processo, produção de provas, início da excução, esgotamento das vias. Pode, ainda, interferir em pleitos das partes, emendando-os e até decidindo de forma diversa da requerida.
No Brasil, como dito, prevalece o dispositivo, mas, por exemplo, o juiz possui poderes para determinar produção de provas, quando entender que são necessárias ao processo.
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