Podem ser anulados os atos nulos e os atos anuláveis. Poderão ser revogados os atos administrativos que, sem qualquer defeito e, portanto, legítimos e eficazes, não forem mais convenientes à Administração Pública.
fonte:tecnolegis
O Judiciário, no exercício da atividade jurisdicional, jamais poderá "revogar" um ato administrativo. Ele poderá, sim, declarar sua nulidade e anulá-lo.
Podem ser anulados os atos nulos e os atos anuláveis. Poderão ser revogados os atos administrativos que, sem qualquer defeito e, portanto, legítimos e eficazes, não forem mais convenientes à Administração Pública.
Em consideração simplista (portanto, CUIDADO com eventuais "pegadinhas") a distinção entre a anulação e a revogação será determinada pela higidez (saúde) do ato considerado. Atos que são defeituosos serão anuláveis e atos dotados de legitimidade e eficácia serão revogados.E qual será a distinção entre o ato administrativo nulo e o anulável ? A resposta é simples: a gravidade do defeito. Atos nulos são aqueles que padecem de vícios insanáveis, que de tão grave ilegitimidade e ilegalidade não irradiarão qualquer efeito válido e, assim, ao ser reconhecido seu vício, a decisão alcança sua própria origem (do ato administrativo), razão pela qual diz-se que produz efeitos ex tunc (com efetitos retroativos). Já os atos anuláveis são aqueles que não são completamente imprestáveis: guardam em seu conteúdo "partes" que não estão contaminadas pelo vício que, por esta razão, é apenas parcial. Pelo que exposto não é difícil concluir que o ato anulável pode ser anulado ou consertado e, naquilo em que não tinha defeito, poderá irradiar efeitos jurídicos: a anulação de tal ato não retroagirá, ou seja, produzirá efeitos ex nunc.
Na lição de Celso Antonio Bandeira de Mello,
"São nulos: a) os atos que a lei assim os declare; e b) os atos em que é racionalmente impossível a convalidação, pois, se o mesmo conteúdo (é dizer, o mesmo ato) fosse novamente produzido, seria reproduzida a invalidade anterior. (...)
São anuláveis: a) os atos que a lei assim os declare; b) os que podem ser repraticados sem vício..." (Curso de Direito Administrativo, Malheiros Editores, 10.ª Edição, 1998, p. 302)
No exame da OAB n.º 137 de São Paulo a banca examinadora cobrou o conteúdo do candidato na questão de n.º 71 Veja a questão -(http://www.tecnolegis.com/provas/id/36?pagina=8)
Espero que ajude, bons estudos... abç.
A anulação torna sem efeito o ato administrativo que contém defeito, ou seja, vício de forma e/ou conteúdo, de modo que a anulação gera efeitos ex tunc (tudo) e pode ser aplicada tanto por meio de provocação do Poder Judiciário quanto por meio da própria administração pública, esta em função do princípio da autotutela. Pode recair tanto sobre o ato administrativo vuinculado quanto sobre o discricionário.
Ja a revogação torna sem efeito o ato administrativo que, embora não contenha defeito (vício), não mais é conveniente e oportuno à administração pública, de modo que a revogação gera efeitos ex nunc (a partir de agora) e somente pode ser aplicada por meio da própria administração pública. Pode recair somente sobre o ato administrativo discricionário.
Entre outras, essas são as principais diferenças.
Espero ter ajudado um pouco.
Abraço!
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