São como alicerces do direito. São os fundamentos sobre os quais as normas se baseiam. Funcionam tanto para limitar a decisão de e orientar um juiz, como basear uma norma criada pelo legislador.
Exemplo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Esse é o princípio do contraditório que foi assegurado pela constituição, a partir daí surge o direito de Processo Penal, Processo Civil, etc.
Segue algumas noções sobre princípios:
Jèze (1912, p. 31) ensina em seu texto a importância do princípio jurídico dizendo que “Este princípio não necessita estar positivamente registrado em textos. Ele é a pedra angular do edifício jurídico de todo o Estado civilizado. Se a pessoa nega isto, se a pessoa desrespeita isto, todo o edifício é demolido.” (tradução livre); semelhante definição é feita por Nunes (2010, p. 47,) “Os princípios [...] são mais que isso. São verdadeiras vigas mestras, alicerces sobre os quais se constrói o sistema jurídico. Os princípios [...] dão estrutura e coesão ao edifício jurídico. Assim, deve ser estritamente obedecidos, sob pena de todo o ordenamento jurídico se corromper.”
Consoante a este pensamento, Gasparini (2009, p. 6 – 7) ensina que os princípios são verdadeiros alicerces garantidores da validade de um sistema, nem sempre encontráveis no Direito Positivo, pois sua existência não se origina deste. São axiomas que devem ser observados e sua violação é muito mais grave que o de uma norma por vez que, sua ofensa afronta todo um sistema de regramentos e não somente a um regramento.
Assim muitos compreendem princípios como leis, normas ou valores, porém princípios são muito mais que isso, eles permeiam toda existência do direito dando-lhe sustentação, são verdadeiros postulados ou seja axiomas, que dão a verdadeira essência e base ao direito.
A ofensa a um Princípio é mais grave que a ofensa a uma lei, por isso ele, o princípio não necessita estar escrito em texto de lei para ser reconhecido como tal, por exemplo:
O Princípio da Dignidade Humana, nínguém nem mesmo o mais douto jurista define o que ele seja, contudo todos sabemos quando a Dignidade Humana é ofendida isto porque ele é um axioma tão superior em seu sentido e valor que se torna inconceituável, contudo está dentro de nós sendo reconhecido de pronto.
Referências:
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 14. ed. ver. São Paulo: Saraiva, 2009. 1101 p.
JÈZE, Gaston. COURS ÉLÉMENTAIRE DE SCIENCE DES FINANCES ET DE LÉGISLATION FINANCÈIRE FRANÇÁISE. Cinquième édition. Revue et augmentée. Paris/FRA.: M. GIARD & E. BRIERE, 1912. 1133 p. (33(P) J55c 5. ed. Biblioteca Central da Universidade São Francisco Campus Bragança Paulista – SP)
NUNES, Luiz Antônio Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 5. ed. rev. amp. at. São Paulo: Saraiva, 2010. 906 p.
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