Quais as correntes que falam sobre a unilateralidade dos atos administrativos?
A doutrina entende que a manifestação de vontade administrativa pode ser unilateral (atos administrativos), bilateral (contratos da Administração) ou plurilateral (consórcios e convênios).
Nesse sentido, Celso Antônio Bandeira de Mello ensina:
“Quanto a formação do ato:
(1) Atos unilaterais — os que são formados pela declaração jurídica de uma só parte. Exemplo: demissão de um funcionário, multas, autorizações etc.
Não afeta a unilateralidade a circunstancia, muito frequente, de o ato depender, para sua produção ou para seus efeitos, do concurso da vontade do particular, seja solicitando-lhe a pratica, seja aceitando seus efeitos. Exemplo: um pedido de alvará de licença para edificai* ou de autorização para porte de arma ou de aceitação da outorga de um premio, de uma comenda etc.
(2) Atos bilaterais - os que são formados por um acordo vontades entre partes. São os atos convencionais. Exemplo: um contrato, uma concessão de serviço publico (que sao atos administrativos em sentido amplo). (Curso de Direito Administrativo, 30ª ed, pgs. 432)
Maria Sylvia Zanella Di Pietro complementa:
“Os atos administrativos unilaterais não podem ser considerados negócios jurídicos, porque a Administração não tem liberdade para estabelecer, por sua própria vontade, os efeitos jurídicos, que são aqueles fixados na lei; trata-se de aplicação do atributo da tipicidade, que é decorrência do princípio da legalidade;” (Direito Administrativo. e-book. 31ª ed. pg. 303)
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