Finalmente, após ter garantido quinhentos mil reais, a participante foi submetida à última pergunta que lhe premiaria com o prêmio de um milhão. Nervosa, a participante aguardava ansiosamente a última indagação que foi feita nos seguintes moldes:
A Constituição reconhece direitos aos índios de quanto do território brasileiro?
Resposta: 1 - 22%
2 - 02%
3 - 04%
4 - 10% (resposta correta)
Por desconhecer a resposta, Carla preferiu salvaguardar a premiação já acumulada de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), posto que, caso apontado item diverso daquele reputado como correto, perderia o valor em referência.
Posteriormente, ao chegar em casa e procurar em sua Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 o art. 231, verificou que o referido dispositivo não mencionava o percentual de território reconhecido aos índios.
Revoltada com a pergunta formulada no programa, Carla ingressou com ação judicial pleiteando indenização por danos materiais e morais ao fundamento de inadimplemento por culpa do devedor.
Em sua defesa, o programa afirmou que a pergunta estava de acordo com a Enciclopédia Mundo Vivo e que, caso fosse o questionamento final do programa formulado dentro de parâmetros regulares, considerando o curso normal dos eventos, não seria razoável esperar que ela lograsse responder corretamente à "pergunta do milhão". Como você, juiz da ação, decidiria?
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