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Direito intertemporal.
O direito intertemporal ou lei penal no tempo está previsto no artigo 2º do Código Penal que dispõe:
Lei penal no tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Em regra, a lei penal que será aplicada ao crime é a norma do tempo que foi cometida a conduta de acordo com a teoria da atividade adotada pelo código penal no artigo 4º (Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado). Desse modo, se essa lei anterior for revogada por uma posterior mais gravosa ao réu será aplicada a lei revogada tendo assim ultratividade, pois, a lei não pode retroagir para prejudicar o réu. Entretanto, se a lei posterior for mais benéfica ela retroagirá, desse modo, acontece a retroatividade benéfica.
Excepcionalmente, mesmo que revogada ou acabado o tempo de vigência a lei penal ainda poderá ser aplicada, sendo que essa característica acontece nas leis penais temporárias e excepcionais conforme o artigo 3º do Código Penal que dispõe:
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
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