A progressão de regime é um direito previsto na Lei de Execução Penal, em seu art. 112, nos seguintes termos:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
Portanto, é direito do preso passar para um regime menos gravoso de cumprimento de pena, desde que cumpridos os requisitos objetivos e subjetivos previstos na legislação.
Nesse diapasão, a progressão por salto (ou “per saltum”) seria a possibilidade de que o preso que cumpre pena em regime fechado seja transferido diretamente para o regime aberto, sem passar pelo regime semiaberto.
uma vez fixado o regime inicial da pena como fechado ou semiaberto, terá o preso direito à progresso do regime, conforme estabelece o §2 do artigo 33 do Código Penal.
Em regra, a progressão per saltum é proibida tanto pelo Supremo Tribunal Federal quanto pelo Superior Tribunal de Justiça.
A súmula 491 do Superior Tribunal de Justiça dispõe que: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.
A exceção que a doutrina menciona é que em condições anormais o preso depois de ter cumprido 1/6 da pena em regime fechado e ter direito ao regime semiaberto fica mais 1/6 da pena no regime fechado, pois não tinha vagas no semiaberto. Nesse caso segundo doutrinadores seria possível a progressão per saltum.
Já a regressão per saltum é cabível nas hipóteses de falta grave ou cometimento de crime doloso.
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Legislação Penal e Processual Penal Especial
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