De acordo com Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o vírus já tinha sido identificado no país anteriormente. “A novidade é que, pela primeira vez, ele foi caracterizado genotipicamente. A descoberta não representa um risco maior à população”, salienta. No Brasil, o HIV-2 ainda representa uma parcela pequena da população infectada. As formas de contágio, no entanto, continuam sendo as mesmas: contato sexual, pelo sangue e de mãe para filho, durante a gestação.
Mais frequente nos países ao norte da África, o vírus HIV-2 pode significar um risco extra às pessoas que já possuem o HIV-1. “Se imaginarmos que a infecção atinge diretamente nosso sistema imunológico, com o contágio dos dois vírus, nosso sistema de defesa será bombardeado por dois agentes”, comenta Ana Carolina. Como os vírus convivem em sintonia e se multiplicam simultaneamente no organismo, o contágio, chamado de infecção conjunta ou superinfecção, ocorre também com subtipos do HIV-1, classificados com letras de A a H (no Brasil, os subtipos mais comuns são o B, C e o F). Por isso, os especialistas são unânimes no alerta: a prevenção com camisinha deve ser usada pelos soropositivos mesmo em relações com outras pessoas soropositivas.
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