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DIREITO DO CONSUMIDOR NO AMBITO DE REPARAÇÃO DE DANOS.

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Prof. Viviane Barbosa

DANOS MORAIS E DIREITOS DO CONSUMIDOR 04.06.2001 -

Direito do Consumidor EDUARDO C. B. BITTAR

 

Em face da multiplicidade de formas de contato entre consumidor e fornecedor/prestador, uma série de lesões podem dar ensejo à invasão do terreno dos direitos personalíssimos (cobrança vexatória; acusação injusta de roubo ou furto; disparo indevido de alarme de segurança em estabelecimento comercial; inclusão de nome no SCPC; atendimento discriminatório; erros em diagnósticos médicos; operação estética malsucedida; falsa informação laboratorial sobre a condição físico-imunológica de paciente; desgaste em vôo turístico; batráquios e materiais repugnantes em bebidas ou comidas, entre outras hipóteses)1 . Uma das flagrantes hipóteses de proteção da personalidade, fragilizada nas relações de consumo, é a da reparação civil por danos morais, legalmente acolhida, no âmbito dos direitos do consumidor2 . Efetivamente, a intimidade da relação existente entre os direitos da personalidade e a responsabilidade civil por danos de natureza moral é tamanha que se pode dizer que a responsabilização contribui como meio para a efetivação dos referidos direitos, não obstante nem toda lesão a direito da personalidade possa acarretar necessariamente dano moral3 . Nesse âmbito, o consumidor dispõe de ação civil de reparação de danos morais por afetação da intimidade ou da reputação (arts. 76, 159, 1.056, 1.518 a 1.532 do CC; art. 5o . da CF/88; inciso VI do art. 6o . do CDC), cumulável ou não com a reparação por danos materiais (lucros cessantes e danos emergentes), que instrumentaliza, na relação processual, o direito material previsto pelo legislador. Mostra dessa disposição protetiva na legislação é a constante da Lei n. 8.078/90, em seu art. 6o ., inciso VI (“São direitos básicos do consumidor: a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos”). Trata-se de aparato que efetiva o dever de reparar, quando da afetação da moralidade. Aliás, no atual contexto histórico-social, a moralidade tem-se mostrado objeto frágil e, portanto, amplamente suscetível a sofrer danos, e isto em função de relações contratuais e extracontratuais, de modo que toda e qualquer conduta contra ius, afora as hipóteses de abuso de direito, caso fortuito, força maior e fato da vítima, enseja o direito à reparação civil por lesão a atributos da personalidade. Em caso de procedência da ação, analisada a questão prudencialmente pelo juiz, deve-se aquilatar a extensão da reparação de conformidade com a repercussão do fato, com o patrimônio do lesante e com a adequada averiguação da pessoa do lesado e de seu estatuto profissional, terreno onde o arbitramento livre, ao talante do juiz, deve-se pautar pela majoração proposital, forma de desestímulo de condutas similares

. Bibliografia BITTAR, Carlos Alberto (Coordenador). Responsabilidade civil por danos a consumidores. São Paulo: Saraiva, 1992.

_______________________. Defesa do consumidor: reparação de danos morais em relações de consumo – dano moral, Revista do Advogado, São Paulo, AASP, 1996, p. 24-31. _______________________. Direitos do consumidor: Código de Defesa do Consumidor. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991.

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RD Resoluções

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Direito.


Segundo o código de defesa do consumidor:

Artigo 14 da Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento;

II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

III - a época em que foi fornecido.

§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

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