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O que é Nexo de Imputação?

Podem dar algum exemplo?

💡 1 Resposta

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matheus m.

George,

Acho q sua dúvida está ligada ao nexo de causalidade da Teoria da Imputação, pois está dentre  seus elementos, assim sendo: conduta, resultado, nexo causal e tipicidade.

Percebe-se, portanto que para a existência de um crime, é imprescindível a existência de nexo de causalidade entre a conduta e o resultado.

A Teoria da Imputação Objetiva surge como uma alternativa para corrigir imperfeições de teorias passadas e propõe um novo sistema penal.

Com a finalidade de corrigir imperfeições de teorias anteriores, surge a Teoria da Imputação Objetiva, evitando-se principalmente o regresso ao infinito, uma vez que acrescenta à causalidade um nexo normativo composto de: criação ou incremento de um risco proibido e realização do risco no resultado.

Para a Teoria da Imputação Objetiva, o resultado normativo apenas pode vir a ser atribuído ao agente se a sua conduta cria um risco juridicamente não autorizado e relevante, bem como tal risco converter-se no resultado jurídico que a norma incriminadora visa a proibir, e, portanto, as condutas que não se adequam a esse modelo proposto será considerada atípica e irrelevante para o Direito Penal.

Teoria da Imputação Objetiva

 A Teoria da Imputação Objetiva teve seu início na Alemanha, que teve se conceito inicial a partir de Hegel, com revisões posteriores de Richard Hönig, no ano de 1930. Em 1970, entretanto, a Teoria foi retomada, desenvolvida e aperfeiçoada por Claus Roxin, que estabeleceu os seus contornos atuais.

Esta Teoria propõe um novo sistema penal. Ela vem pra corrigir imperfeições das doutrinas anteriores, problemas que não foram solucionados pelo causalismo e finalismo, trazendo uma nova metodologia de análise e delimitação do alcance do tipo objetivo.

Traz para o Direito Penal novos conceitos, tais como “risco permitido”e “risco proibido”, além de utilizar os critérios e princípios da confiança, da proibição de regresso, do consentimento e participação do ofendido, dos conhecimentos especiais do autor a respeito de condições e circunstâncias pessoais da vítima ou da situação de fato.

Para a referida Teoria, o resultado normativo apenas pode vir a ser atribuído ao agente se a sua conduta cria um risco juridicamente não autorizado e relevante, bem como tal risco converter-se no resultado jurídico que a norma incriminadora visa a proibir.

Essa concepção reflete diretamente no terreno da tipicidade. Aqui, o tipo penal passa a conter um elemento normativo, o qual sua ausência acarretaria em atipicidade da conduta ou do resultado.

Conforme já explicitado no presente trabalho, a doutrina tradicional prev6e como elementos do fato típico: a conduta, o resultado, o nexo causal e a tipicidade. A novidade da Teoria da Imputação Objetiva reside justamente em trazer um elemento complementar, qual seja: que o agente, ao realizar a conduta, crie um relevante risco juridicamente proibido ao objeto (jurídico), concretizando, assim, um resultado normativo.

Portanto, a imputação objetiva consegue ser aplicável a qualquer tipo de crime, seja ele doloso, culposo, comissivo, omissivo, de resultado, de mera conduta, consumado, tentado etc. O resultado que interessa é o resultado jurídico, e não o naturalístico.

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral, volume 1 – 7 ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2004

 

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