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Preciso fazer um texto narrativo em 1 pessoa no maximo 20 linhas me ajudem por favor !

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RD Resoluções

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Português.


Se eu pudesse retornar no tempo, seria naquele fatídico dia. Estava frio e úmido, parecia que antecipava a tragédia. Quando sai de casa começou uma fina garoa, até chegar no trabalho, um dilúvio caia, não estava nem um pouco encharcada, só dava para ver minhas peças íntimas. Meu compreensivo patrão quando me viu ralhou comigo:

- Atrasada novamente Katherine? – Idiota, imbecil..., vou repetindo mentalmente os xingamentos. Um dia irei despejar o que penso dele. Ele continua com o sermão mais uns 3 minutos, entretanto, não tira os olhos dos meus seios. Já chega.

- Senhor, você poderia fazer o favor de olhar para meu rosto e não meus seios? – Ele ficou vermelho, segurei a risada. Segurar a língua nunca foi meu forte, ele me olhou com tanto desprezo e disse:

- Esvazie sua mesa. – Se virou e foi embora, antes de chegar a sua sala, falou para a Rute do RH. – Rute procure outro para substituir a Katherine.

A Rute me observou pelo canto dos olhos, mesmo diante disso tudo continuei sorrindo e em pé no escritório. Sério os companheiros de trabalhos me olhavam como se eu fosse um experimento humano, visto que, estavam acostumados a verem as ex-secretárias do patrão em prantos no saguão. Coitados, a única vez em que chorei foi no enterro dos meus pais, até aquele momento me encontrava estática, sem cair a ficha, eu não derramei uma única lagrima quando recebi a notícia, nem no velório. Todavia, quando dei por conta da realidade fiz um escândalo, não conseguia acreditar, eu queria ir com eles, mas não deixaram. Eu nem fui na sala somente virei as costas e gritei para o patrão:

- Não esqueça de comparecer a delegacia Senhor Garcia, assédio sexual e moral são crimes passiveis de prisão. – Não esperei a reação de ninguém, a tinha suportado demais, todos os dias aquele velho asqueroso tentava me aliciar.

Assim que sai do prédio fui a delegacia mais próxima, e o denunciei, os policiais fizeram várias perguntas, mas no fim sai de lá similar como entrei. Não existe justiça nesse país para as massas, e sim para os abastados. Ainda estava chovendo, quando estava retornando para meu apartamento, passei em frente ao parque, nunca entendi a razão de ter entrado ali, visto que o lugar despertava memórias dolorosas, de uma infância distante e feliz. Me sentei num banco de pedra e ao relembrar, lágrimas grossas e quentes rolaram por minha face.

Nem sei quanto tempo se passou, mas foi o suficiente para repassar toda a minha vida, se naquele dia eu não tivesse insistido em ficar em casa com a babá para assistir as drogas dos desenhos animados, estaria com meus pais agora. Já sabia o que fazer, me levantei, e iniciei uma marchar lenta para o apartamento que ficava a duas quadras dali eu parecia um zumbi, maquiagem borrada, toda molhada. A verdade é que nunca vivenciei meu luto, jamais, neguei com todas as minhas forças até o momento que eles se foram.

Mal consigo enfiar a chave na fechadura, até lá dentro está frio, nem me dou ao trabalho de acender as luzes, tomo uma boa ducha, e coloco minha melhor roupa. Creio que irei precisar de uma corda..., não foi fácil achar uma com o temporal que se alastrava, as lojas fecharam.

A penumbra tomava conta do lugar, como naquele dia, eu caminhei silenciosamente até seus locais de descanso e desabei a chorar novamente, tinha uma árvore ao lado do túmulo da mamãe, amarrei a corda em um galho baixo, depois tirei um grande buquê de flores e pendurei.

- Me perdoem não ter vindo antes, sei que os negligenciei, mas vocês não passam de cadáveres, não estão vivos, a não ser nas minhas lembranças, quero agradecer por tudo. Eu encerro meu luto hoje, sempre amarei vocês.

Quando saio do cemitério, a chuva dá uma trégua e posso ver os raios do sol, sorrio, pois enquanto houver vida, há esperança.

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Andre Smaira

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Português.


Se eu pudesse retornar no tempo, seria naquele fatídico dia. Estava frio e úmido, parecia que antecipava a tragédia. Quando sai de casa começou uma fina garoa, até chegar no trabalho, um dilúvio caia, não estava nem um pouco encharcada, só dava para ver minhas peças íntimas. Meu compreensivo patrão quando me viu ralhou comigo:

- Atrasada novamente Katherine? – Idiota, imbecil..., vou repetindo mentalmente os xingamentos. Um dia irei despejar o que penso dele. Ele continua com o sermão mais uns 3 minutos, entretanto, não tira os olhos dos meus seios. Já chega.

- Senhor, você poderia fazer o favor de olhar para meu rosto e não meus seios? – Ele ficou vermelho, segurei a risada. Segurar a língua nunca foi meu forte, ele me olhou com tanto desprezo e disse:

- Esvazie sua mesa. – Se virou e foi embora, antes de chegar a sua sala, falou para a Rute do RH. – Rute procure outro para substituir a Katherine.

A Rute me observou pelo canto dos olhos, mesmo diante disso tudo continuei sorrindo e em pé no escritório. Sério os companheiros de trabalhos me olhavam como se eu fosse um experimento humano, visto que, estavam acostumados a verem as ex-secretárias do patrão em prantos no saguão. Coitados, a única vez em que chorei foi no enterro dos meus pais, até aquele momento me encontrava estática, sem cair a ficha, eu não derramei uma única lagrima quando recebi a notícia, nem no velório. Todavia, quando dei por conta da realidade fiz um escândalo, não conseguia acreditar, eu queria ir com eles, mas não deixaram. Eu nem fui na sala somente virei as costas e gritei para o patrão:

- Não esqueça de comparecer a delegacia Senhor Garcia, assédio sexual e moral são crimes passiveis de prisão. – Não esperei a reação de ninguém, a tinha suportado demais, todos os dias aquele velho asqueroso tentava me aliciar.

Assim que sai do prédio fui a delegacia mais próxima, e o denunciei, os policiais fizeram várias perguntas, mas no fim sai de lá similar como entrei. Não existe justiça nesse país para as massas, e sim para os abastados. Ainda estava chovendo, quando estava retornando para meu apartamento, passei em frente ao parque, nunca entendi a razão de ter entrado ali, visto que o lugar despertava memórias dolorosas, de uma infância distante e feliz. Me sentei num banco de pedra e ao relembrar, lágrimas grossas e quentes rolaram por minha face.

Nem sei quanto tempo se passou, mas foi o suficiente para repassar toda a minha vida, se naquele dia eu não tivesse insistido em ficar em casa com a babá para assistir as drogas dos desenhos animados, estaria com meus pais agora. Já sabia o que fazer, me levantei, e iniciei uma marchar lenta para o apartamento que ficava a duas quadras dali eu parecia um zumbi, maquiagem borrada, toda molhada. A verdade é que nunca vivenciei meu luto, jamais, neguei com todas as minhas forças até o momento que eles se foram.

Mal consigo enfiar a chave na fechadura, até lá dentro está frio, nem me dou ao trabalho de acender as luzes, tomo uma boa ducha, e coloco minha melhor roupa. Creio que irei precisar de uma corda..., não foi fácil achar uma com o temporal que se alastrava, as lojas fecharam.

A penumbra tomava conta do lugar, como naquele dia, eu caminhei silenciosamente até seus locais de descanso e desabei a chorar novamente, tinha uma árvore ao lado do túmulo da mamãe, amarrei a corda em um galho baixo, depois tirei um grande buquê de flores e pendurei.

- Me perdoem não ter vindo antes, sei que os negligenciei, mas vocês não passam de cadáveres, não estão vivos, a não ser nas minhas lembranças, quero agradecer por tudo. Eu encerro meu luto hoje, sempre amarei vocês.

Quando saio do cemitério, a chuva dá uma trégua e posso ver os raios do sol, sorrio, pois enquanto houver vida, há esperança.

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Andre Smaira

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Português.


Se eu pudesse retornar no tempo, seria naquele fatídico dia. Estava frio e úmido, parecia que antecipava a tragédia. Quando sai de casa começou uma fina garoa, até chegar no trabalho, um dilúvio caia, não estava nem um pouco encharcada, só dava para ver minhas peças íntimas. Meu compreensivo patrão quando me viu ralhou comigo:

- Atrasada novamente Katherine? – Idiota, imbecil..., vou repetindo mentalmente os xingamentos. Um dia irei despejar o que penso dele. Ele continua com o sermão mais uns 3 minutos, entretanto, não tira os olhos dos meus seios. Já chega.

- Senhor, você poderia fazer o favor de olhar para meu rosto e não meus seios? – Ele ficou vermelho, segurei a risada. Segurar a língua nunca foi meu forte, ele me olhou com tanto desprezo e disse:

- Esvazie sua mesa. – Se virou e foi embora, antes de chegar a sua sala, falou para a Rute do RH. – Rute procure outro para substituir a Katherine.

A Rute me observou pelo canto dos olhos, mesmo diante disso tudo continuei sorrindo e em pé no escritório. Sério os companheiros de trabalhos me olhavam como se eu fosse um experimento humano, visto que, estavam acostumados a verem as ex-secretárias do patrão em prantos no saguão. Coitados, a única vez em que chorei foi no enterro dos meus pais, até aquele momento me encontrava estática, sem cair a ficha, eu não derramei uma única lagrima quando recebi a notícia, nem no velório. Todavia, quando dei por conta da realidade fiz um escândalo, não conseguia acreditar, eu queria ir com eles, mas não deixaram. Eu nem fui na sala somente virei as costas e gritei para o patrão:

- Não esqueça de comparecer a delegacia Senhor Garcia, assédio sexual e moral são crimes passiveis de prisão. – Não esperei a reação de ninguém, a tinha suportado demais, todos os dias aquele velho asqueroso tentava me aliciar.

Assim que sai do prédio fui a delegacia mais próxima, e o denunciei, os policiais fizeram várias perguntas, mas no fim sai de lá similar como entrei. Não existe justiça nesse país para as massas, e sim para os abastados. Ainda estava chovendo, quando estava retornando para meu apartamento, passei em frente ao parque, nunca entendi a razão de ter entrado ali, visto que o lugar despertava memórias dolorosas, de uma infância distante e feliz. Me sentei num banco de pedra e ao relembrar, lágrimas grossas e quentes rolaram por minha face.

Nem sei quanto tempo se passou, mas foi o suficiente para repassar toda a minha vida, se naquele dia eu não tivesse insistido em ficar em casa com a babá para assistir as drogas dos desenhos animados, estaria com meus pais agora. Já sabia o que fazer, me levantei, e iniciei uma marchar lenta para o apartamento que ficava a duas quadras dali eu parecia um zumbi, maquiagem borrada, toda molhada. A verdade é que nunca vivenciei meu luto, jamais, neguei com todas as minhas forças até o momento que eles se foram.

Mal consigo enfiar a chave na fechadura, até lá dentro está frio, nem me dou ao trabalho de acender as luzes, tomo uma boa ducha, e coloco minha melhor roupa. Creio que irei precisar de uma corda..., não foi fácil achar uma com o temporal que se alastrava, as lojas fecharam.

A penumbra tomava conta do lugar, como naquele dia, eu caminhei silenciosamente até seus locais de descanso e desabei a chorar novamente, tinha uma árvore ao lado do túmulo da mamãe, amarrei a corda em um galho baixo, depois tirei um grande buquê de flores e pendurei.

- Me perdoem não ter vindo antes, sei que os negligenciei, mas vocês não passam de cadáveres, não estão vivos, a não ser nas minhas lembranças, quero agradecer por tudo. Eu encerro meu luto hoje, sempre amarei vocês.

Quando saio do cemitério, a chuva dá uma trégua e posso ver os raios do sol, sorrio, pois enquanto houver vida, há esperança.

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