O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, em geral se dá lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários estágios antes de chegar ao tumor. São eles:
Estágio de iniciação
É o primeiro estágio da carcinogênese. Nele as células sofrem o efeito dos agentes cancerígenos ou carcinógenos que provocam modificações em alguns de seus genes. Nesta fase as células se encontram, geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio.
Estágio de promoção
É o segundo estágio da carcinogênese. Nele, as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas.
Estágio de progressão
É o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença.
Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese.
A carcinogênese, também chamada de oncogênese ou tumorigênese, é a formação de um câncer, pelo qual as células normais são transformadas em células cancerígenas. O processo é caracterizado por alterações nos níveis celular, genético e epigenético e divisão celular anormal.
A divisão celular é um processo fisiológico que ocorre em quase todos os tecidos e sob várias circunstâncias. Normalmente, o equilíbrio entre proliferação e morte celular programada, na forma de apoptose, é mantido para garantir a integridade dos tecidos e órgãos. De acordo com a teoria de carcinogênese prevalecente, a teoria da mutação somática, as mutações no DNA e as epimutações que levam ao câncer interrompem esses processos ordeiros ao interromper a programação que regula os processos, alterando o equilíbrio normal entre proliferação e morte celular.
Uma série de várias mutações em certas classes de genes é geralmente necessária antes que uma célula normalmente se transforme em uma célula cancerosa. Em média, por exemplo, 15 "mutações condutivas" e 60 mutações "passageiras" são encontradas em cânceres de cólon. Mutações em genes que regulam a divisão celular, apoptose (morte celular) e reparo de DNA pode resultar em proliferação celular descontrolada e câncer.
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