Tudo o que está no livro surpreende a várias pessoas que só viam na língua portuguesa uma forma de falar, ou seja, a forma do português padrão, forma acadêmica. Vemos que todos os "erros" de português nele mostrado sempre foram vistos com preconceito, principalmente por alguns gramáticos.
A professora Irene, personagem principal do livro, recebe em sua casa nas férias de julho, sua sobrinha Vera e duas amigas dela da faculdade Emília e Silvia. As meninas acham engraçado o modo de falar de Eulália, amiga de Irene, que usa termos como: véio, trabáio, cuié, broco, grobo, entre outras.
Irene começa a mostrar as meninas que cada cultura tem seu jeito próprio de falar, modos herdados de antepassados, ou mesmo dificuldade no órgão da língua ao pronunciar certas palavras. Algumas delas consideradas erradas por alguns gramáticos têm sua origem em outras línguas, como o latim e no caso da região nordeste do Brasil a influência dos franceses e holandeses que tentaram uma colonização em séculos passados.
Os preconceitos citados no livro, como racial, religioso, sexual e etc., também são ligados ao uso da fala. No Brasil, as pessoas não dão valor as nossas raízes, a nossa cultura, só valorizam o que vem do primeiro mundo.
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