Princípio da boa-fé objetiva é consagrado pelo STJ em todas as áreas do direito. Um dos princípios fundamentais do direito privado é o da boa-fé objetiva, cuja função é estabelecer um padrão ético de conduta para as partes nas relações obrigacionais.
É preciso esclarecer, antes de qualquer coisa, que se trata de cláusula aberta, ou seja, o conceito comporta diversas situações que devem ser analisadas conforme o caso concreto, não sendo possível uma definição fechada, taxativa e irretocável.
Entretanto, traremos elementos que irão contribuir para a compreensão desse conceito. O princípio da boa-fé objetiva é aquele que impõe a todos os dever de lealdade, cooperação, colaboração, confiança, presteza, zelo, informação, dentre outros. Basicamente, determina que os indivíduos, no âmbito da relação privada, ao menos, se portem da forma que se espera que ajam, atendendo sempre aos preceitos supracitados.
É que, assim, será possível a manutenção de uma relação que atende à intenção do Direito como um todo, que é a pacificação social, a segurança jurídica, a solidariedade, dentre outros princípios.
No âmbito da Lei Civil, o princípio da boa-fé é trazido como um paradigma, permeando todo o ordenamento e devendo ser observado pelos indivíduos. Observemos, no entanto, previsões expressas (arts. 113 e 422, do CC):
"Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração."
"Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé."
Ademais, o princípio da boa-fé objetiva possui três funções essenciais:
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar