Para Hans Kelsen, uma norma será juridicamente válida quando encontrar amparo em uma norma superior: o ordenamento jurídico é, assim, um acoplado de normas jurídicas organizado de forma hierárquica, em que a norma inferior encontra o seu fundamento de validade na norma inferior, formando uma “pirâmide” normativa (sentido jurídico-positivo).
Exemplo – O art. 201 da Constituição Federal é o fundamento de validade da Lei nº 8.213/91, que, por sua vez, fundamenta a validade do Decreto 3.048/99, que serve de fundamento de validade para as diversas instruções normativas editadas pelo INSS.
Buscando a coerência em seu sistema, Kelsen sustenta que o fundamento da Constituição é a “norma hipotética fundamental”. Diferentemente das demais, ela não é positiva, mas pressuposta (hipotética), tendo por objeto único a determinação para que se dê cumprimento à Constituição: “cumpra-se a Constituição” (sentido lógico-jurídico).
A pirâmide de Kelsen representa um sistema normativo em que há normas de hierarquia diversas. No topo da pirâmide está a Constituição . Em nível intermediário estão as leis. Em níveis inferiores os decretos editados pelo Poder Executivo, por exemplo. A consequência é que normas de hierarquia inferior deverão observar as de hierarquia superior. Se uma norma inferior entra no ordenamento jurídico e viola a superior, aquela não pode ser apta a produzir efeitos jurídicos. Se a norma superior é inaug...
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