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Gostaria de saber sobre o romantismo no Brasil.

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Andre Smaira

O Romantismo é um movimento cultural que teve origem na Alemanha e no Reino Unido no final do século XVIII como uma reação revolucionária contra o Iluminismo e Neoclassicismo , dando prioridade a esses sentimentos. É considerado como o primeiro movimento de cultura que cobriu todo o mapa da Europa . Na maioria das áreas que era a sua altura no período aproximado de 1800 a 1850.Sua característica fundamental é a ruptura com a tradição classicista baseada em um conjunto de regras estereotipadas. A liberdade autêntica é sua busca constante, por isso seu caráter revolucionário é inquestionável. Porque o romantismo é um modo de sentir e conceber a natureza, assim como a vida e o próprio ser humano, é apresentado de maneira diferente e particular em cada país onde se desenvolve, e mesmo dentro da mesma nação, diferentes tendências se manifestam, projetando-a também em todas as artes. Foi desenvolvido na primeira metade do século XIX , estendendo-se da Inglaterra e da Alemanha para chegar a outros países. Seu lado literária posteriormente fragmentar em várias correntes, tais como parnasianismo , o simbolismo , o decadentismo ou prerrafaelismo reunidos no título geral de posromanticismo , o que levou a assim - chamada Espanhol - modernismo americano . Ele teve contribuições fundamentais nos campos da literatura, pintura e música. Mais tarde, uma das correntes de vanguarda do século XX , o surrealismo, levou ao extremo os postulados românticos da exaltação do eu.
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Gabriela Barbosa

O Romantismo no Brasil teve como marco a publicação, em 1836, do livro de poema Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães. Nos primórdios dessa fase literária, 1833, um grupo de jovens estudantes brasileiros em Paris iniciou, sob a orientação de Gonçalves Magalhães e de Manuel de Araújo Porto Alegre, um processo de renovação das letras influenciado por Almeida Garrett e pela leitura dos românticos franceses. Ainda em Paris, em 1836, o mesmo grupo de brasileiros fundou a Revista Brasiliense de Ciências, Letras e Artes, cujas duas primeiras edições traziam como epígrafe a seguinte frase: "Tudo pelo Brasil e para o Brasil". Esse movimento é visível pela valorização do nacionalismo e da liberdade que se deu na produção literária nessa época, que se ajustava ao processo de nacionalização e autoafirmação necessário após a independência.

Entre 1823 e 1831, o Brasil viveu um período conturbado como reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembleia Constituinte; a Constituição outorgada; a Confederação do Equador; a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação de ter mandado assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abdicação em favor de seu filho, Dom Pedro II. Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo. Assim é que, a primeira geração do Romantismo destaca-se na tentativa de diferenciar o movimento das origens europeias e adaptá-lo, de maneira nacionalista, à natureza exótica e ao passado histórico brasileiro. Os primeiros românticos eram utópicos.[1] Para criar uma nova identidade nacional, buscavam suas bases no nativismo do período literário anterior, no elogio à terra e ao homem primitivo. Inspirados em Montaigne e Rousseau idealizavam os índios como bons selvagens, cujos valores heroicos tomavam como modelo da formação do povo brasileiro. Com o incremento da industrialização e do comércio, notadamente a partir da Revolução Industrial do século XVIII, a burguesia, na Europa, vai ocupando espaço político e ideológico maior. As ideias do emergente liberalismo incentivam a busca da realização individual, por parte do cidadão comum. Nas últimas décadas do século, esse processo levou ao surgimento, na Inglaterra e na Alemanha, de autores que caminhavam num sentido contrário ao da racionalidade clássica e da valorização do campo, conforme normas da arte vigente até então. Esses autores tendiam a enfatizar o nacionalismo e identificavam-se com a sentimentalidade popular. Essas idéias foram o germe do que se denominou romantismo.

Algumas atitudes, e outras consequentes delas, foram se consolidando e, ao chegarem à França, receberam um vigoroso impulso graças à Revolução Francesa de 1789. Afinal, essas tendências literárias individualistas identificavam-se amplamente com os princípios revolucionários franceses de derrubada do absolutismo e ascensão da burguesia ao poder, através de uma aliança com camadas populares. A partir daí, o ideário romântico espalhou-se por todo o mundo ocidental, levando consigo o caráter de agitação e transgressão que acompanhava os ideais revolucionários franceses que atemorizavam as aristocracias europeias. A desilusão com esses ideais lançaria muitos românticos em uma situação de marginalidade em relação à própria burguesia. Mesmo assim, devemos associar a ascensão burguesa à ascensão do Romantismo na Europa.

Em Portugal, os ideais desse novo estilo encontram, a exemplo do que ocorrera na França, um ambiente adequado ao seu teor revolucionário. Opunham-se naquele país duas forças políticas: os monarquistas, que pretendiam a manutenção do regime vigente, depois da expulsão das tropas napoleônicas que tinham invadido o país em 1807; e os liberais, que pretendiam sepultar de vez a Monarquia. A Revolução Constitucionalista do Porto, (1820) representou um marco na luta liberal, mas os monarquistas conseguiram manter o poder durante todo o período, marcando com perseguições as biografias de muitos escritores daquele país, quase sempre adeptos do Liberalismo. Assim a revolução romântica alimenta-se, em Portugal, dessa revolução social e política. Os primeiros românticos, Almeida Garret, Alexandre Herculano e Antônio Feliciano de Castilho, participam da Revolução Liberal e, vitoriosos em 1834, retornam do exílio para implantar a nova literatura romântica. A segunda fase é representada por Camilo Castelo Branco e a terceira geração (1860), por Júlio Dinis, marca a fase de transição para o Realismo da década de 1870

 

Fonte: Wikipédia

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