CRIME DE PERIGO ABSTRATO OU PRESUMIDO
É o perigo que já é considerado pela lei (de maneira presumida) por simplesmente praticar conduta típica.
O disposto no tipo penal retrata e descreve tão limitada a conduta, sem fazer referência ao resultado naturalístico, ou seja, não faz referência ao resultado oriundo daquele ilícito penal.
Por essa razão grande parte dos doutrinadores denominaram tais crimes de “crime de mera conduta”.
Trata-se de presunção legal absoluta de perigo, independentemente de instrução probatória.
O legislador aplica uma pena àquela conduta por considerar que ela seja perigosa, ainda que não venha a existir o perigo real no caso concreto.
Neste tipo a consumação do crime se dá com a conduta; o juiz entende que houve proximidade do perigo ao bem jurídico tutelado pelo Estado e à probabilidade de lesão, a partir desse entendimento aplica a pena.
Ex.: dirigir embriagado. A lei não exige a lesão ou a morte de terceiro para que a conduta do agente seja considerada crime. A conduta dele já configura crime no momento em que ele toma a direção do veículo sob efeito de álcool.
O crime de perigo abstrato são assim definidos em virtude da falta de lesão concreta a um bem jurídico, sendo que, a simples conduta do agente pode configurar o crime. Ex.: Tráfico de Drogas de acordo com o artigo 33 da lei 11.340 de 2006 é um crime de perigo abstrato, pois, com a simples conduta de vender drogas independente do efetivo uso do pelo indivíduo comprador já pode configurar o crime.
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