Não, ao contrário: o normativismo concreto de Miguel Reale visa justamente a aplicação de sanções quando o indivíduo desobedece, clara e voluntariamente, uma prescrição, de modo que a norma jurídica deve servir de forma concreta, em contraposição ao normativismo abstrato.
Pelo normativismo abstrato, a validade da regra se dá por inferência lógica, de modo que a norma é o termo lógico conclusivo e logicamente imutável, a menos que o enunciado lógico seja substituído ou revogado.
Já pelo normativismo concreto, a norma não é vista como uma simples "estrutura lógico-formal", devendo se anteciar ao momento (futuro) de uma ação concreta do homem que viole uma prescrição, sobre a qual se aplicará uma sanção.
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Introdução ao Direito Público e Privado
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