O conhecimento das profundas diferenças entre o acesso à educação das diversas classes sociais brasileiras é, em grande parte, um reflexo do modelo colonial.
Na época do Brasil Colônia havia dois modelos educacionais completamente distintos: de um lado havia a catequização dos índios, realizada pelos jesuítas e que preparava os nativos para a vida na colônia e o trabalho braçal.
Do outro havia, empreendida pelos mesmos jesuítas, a educação dos filhos dos portugueses, que eram preparados para a vida cultural - alguns para o clero - e para a administração pública.
Desde então há, em maior ou menor grau, a convivência destes dois modelos de educação: enquanto os mais ricos são preparados, estruturalmente, para a administração pública e o trabalho intelectual, os mais pobres são preparados para exercer funções técnicas e "braçais", em um modelo de escola que tende a privilegiar a formação "prática" em detrimento de uma formação ampla.
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Enquanto colônia de Portugal, o Brasil possuía uma enorme desigualdade social e a educação era restrita à elite que podia pagar pela educação de seus filhos. Logo, era restrito aos grandes agricultores e portugueses que possuíam títulos de nobreza concedidos pela coroa portuguesa. Contudo, mesmo após o fim do colonialismo e até mesmo da monarquia, observou-se que a elitização da educação perdurou, sendo desigual até hoje.
Isso ocorreu pois todas as mudanças políticas brasileiras foram de caráter reacionário, isto é, provocavam uma mudança no regime político e nas suas diretrizes, porém não revolucionavam a forma de governar. Dessa forma, o governo mudava, o regime político mudava, contudo a elite estava sempre no comando do governo. Dessa forma, pode-se analisar que a educação de qualidade ser disseminada para toda a população nunca foi um interesse dos governos brasileiros e, por resultado, tem-se a educação brasileira atual.
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