O texto dramático é um tipo de texto que é escrito para ser representado. Normalmente não tem narrador e nele predomina o discurso na segunda pessoa (tu/vós). Além deste tipo de discurso, o tecto dramático pressupõe o recurso à linguagem gestual, à sonoplastia e à luminotécnica.
O texto dramático e as suas características
Texto dramático
O texto dramático é o texto que se destina a ser lido e/ou representado.
Pode ser escrito em prosa ou em verso e as falas das personagens são introduzidas pelo discurso directo.
O texto dramático, criado pelo dramaturgo, tem como finalidade ser representado.
Texto dramático em verso
“Camponês (sempre aterrorizado)-
Senhor! Só por esta vez!
Tende de mim compaixão!
Sou um pobre camponês
que anda a ganhar o seu pão!
Senhor do mundo (sempre irado)-
Para ganhares o teu pão
tens a semana contigo.
Não merece compaixão
quem não respeita o que digo.
Não sabes que hoje é domingo?
Como tal não se trabalha?
Não sabes que eu se me vingo
não há ninguém que te valha?”
Texto dramático em prosa
“REI: Estranho sonho tive esta noite... Muito estranho...
BOBO: Para isso mesmo se fizeram as noites, meu senhor! Para pensarmos coisas acertadas, temos os dias — e olha que bem compridos são!
REI: Não sabes o que dizes, bobo! São as noites, as noites é que nunca mais têm fim!
BOBO: Ai, senhor, as coisas que tu não sabes...
REI: Estás a chamar-me ignorante?”
Excerto Leandro, rei da Helíria
Estrutura externa
O texto dramático divide-se em
Estrutura externa
O texto divide-se em atos, que correspondem a períodos da ação marcados pela mudança de cenário e delimitados pela subida e descida do pano (no espaço da representação) e
Ex.: 1ºato (“No jardim do palácio real”)
2ºato (“Muitos anos depois …caminham pela estrada”)
Estrutura interna
A estrutura interna divide-se em três momentos:
Exposição: (fase inicial em que se toma conhecimento das personagens e dos antecedentes da ação) – a introdução;
Conflito: (sucessão de acontecimentos, passando por um momento máximo de tensão dramática, o clímax. Pode comportar a luta do protagonista contra o destino, forças da natureza, a sociedade, outra pessoa, ou consigo próprio.) e
Desenlace: (parte final que corresponde ao desfecho feliz ou infeliz da ação dramática.)
Existem dois tipos de textos:
Texto principal
O texto principal corresponde ao discurso das personagens que se podem exprimir, através
do diálogo,
do monólogo
e dos apartes (comentário que uma personagem faz, voltando-se para o lado ou para o público, para dar a entender que as outras personagens não deverão ouvi-lo).
Texto secundário
É constituído por informações sobre o cenário e o comportamento dos atores (gestos, entoação, emoções, maquilhagem, luzes, cenário, acessórios...).
Essas informações, também designadas de rubricas ou indicações cênicas, substituem o narrador e destinam-se a auxiliar a passagem do texto dramático a texto teatral (representado).
Graficamente, o texto secundário costuma ser representado em itálico e, nalguns casos, entre parêntesis.
A ação é apresentada pelas personagens e situa-se num tempo e num espaço (cenário/rubrica).
Não há narrador.
Diferentes tipos de cômico
As personagens são, por vezes, ridículas e o desenlace é feliz e divertido.
Para conseguir estes objetivos, o autor serve-se de diversos recursos cômicos :
INTENÇÕES DO AUTOR
Quando escreve uma peça de teatro, o dramaturgo pode ter uma intenção:
Moralizadora (distinguir o Bem do Mal);
Lúdica ou de evasão (entretenimento, diversão, riso);
Crítica em relação à sociedade do seu tempo;
Didática (transmitir um ensinamento).
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