(UNESP) – “A produção açucareira [do Brasil] colonial exigiu,além da organização de formas específicas de trabalho, umaconfiguração peculiar da

O boom do açúcar no Caribe provocou um declínio constante nos preços mundiais do açúcar. Incapaz de competir, as exportações brasileiras de açúcar, que atingiram o pico em meados do século XVII, caíram acentuadamente. Entre o quarto quartel do século XVII e o início do século XVIII, Portugal teve dificuldades em manter sua colônia americana.

A queda do açúcar revelou uma economia colonial frágil, que não tinha mercadorias para substituir o açúcar. Paradoxalmente, no entanto, o período de estagnação induziu o assentamento de porções substanciais do território da colônia. Com o declínio do açúcar, o setor de gado, que evoluiu para abastecer a economia açucareira de animais para transporte, carne e couro, assimilou parte dos recursos ociosos, tornando-se uma economia de subsistência. Devido aos extensos métodos de produção de gado, grandes áreas no interior da colônia foram assentadas.