No decorrer das duas últimas décadas, a percepção social foi muitas vezes concebida como uma tarefa de resolução de problemas que o percepiente social consegue desempenhar com o mínimo esforço cognitivo possível. Neste âmbito ficou conhecida a metáfora do cognitive miser aludindo à relutância com que as pessoas utilizam as suas capacidades para perceber os outros de forma precisa. Esta perspectiva encerra uma visão algo negativa do percepiente social ao centrar-se sobretudo nas limitações, erros e enviesamentos em que este incorre na resolução dessas tarefas. Neste contexto, várias investigações salientaram a importância da economia cognitiva (Nisbett & Ross, 1980), presente na utilização de heurísticas – que embora rápidas e económicas conduzem a erros frequentes, no processamento de informação saliente (Taylor & Fiske, 1978), na relutância em reconsiderar factos (Anderson, Lepper, & Ross, 1980) e na confiança e utilização de crenças, expectativas e teorias no processamento de informação.
Portanto, a cognição social muitas vezes leva a um preconceito em relação à certas coisas que acontecem, visto que perdemos o hábito de procurar saber o que realmente aconteceu e confiar apenas nas nossas concepções retiradas de nossa cognição social.
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